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Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
DETERMINANTES DA CARGA DE TRABALHO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO
Relatoria:
MAX OLIVEIRA MENEZES
Autores:
  • CAROLINE SANTOS SOUZA
  • KLÍCIA ANDRADE ALVES
  • SORAYA MARIA SANTIAGO SANTOS BARRETO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Cidadania, alienação e controle social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As instituições hospitalares brasileiras caracterizam-se pela sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem e, por conseguinte, a insatisfação do profissional, a diminuição da eficácia e da qualidade da assistência, bem como, o adoecimento deste colaborador. Neste contexto, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), são caracterizadas como setores de alta complexidade, nos quais os instrumentos de gestão são considerados de extrema importância, em razão do perfil de pacientes com elevado risco de vida e sujeitos a alterações hemodinâmicas. Dessa forma, torna-se necessário conhecer a carga de trabalho da equipe de enfermagem que presta os cuidados necessários diretamente e ininterruptamente ao paciente colaborando para a assistência prestada. O estudo teve por objetivo relacionar a carga de trabalho de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com a gravidade dos pacientes por meio do Nursing Activities Score (NAS) e o New Simplified Acute Physiologic Score (SAPS II). Trata-se de um estudo exploratório de natureza descritiva com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada nos meses de agosto e setembro de 2010 na UTI geral-adulto. Para a análise estatística foi utilizado o SPSS versão 18.0. A amostra foi composta por 47 pacientes, predominando o sexo masculino (59,6%), média de idade 52 anos, procedentes do pronto-socorro (38,3%), alta gravidade (49%), mortalidade elevada (40,5%) e escore NAS médio de 57,5%. Não existe uma correlação entre o NAS e o SAPS II (r=0,149 e p=0,32), idade (p=0,20) e nem com o tempo de permanência (p=0,97). Através da inferência estatística, o SAPSII correlacionou-se positivamente com idade (p=0,02) e tempo de permanência (p=0,03). Podemos observar que existe um aumento da gravidade, evidenciado pelo SAPS II, sendo acompanhado, da carga de trabalho e do tempo despendido pela enfermagem no atendimento a este paciente. A inferência estatística não revelou correlação entre o NAS e O SAPS II. O NAS e O SAPS II, são instrumentos significativos para avaliar a carga de trabalho e gravidade dos pacientes na UTI, onde foi possível constatar que as horas de enfermagem no período do estudo encontra-se no limítrofe do preconizado pelo COFEN. Surge a necessidade de realizar pesquisas que agregem o uso de instrumentos que mensurem não só a gravidade do paciente e carga de trabalho, contribuindo na melhoria da qualidade da assistência prestada.