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Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
RISCOS OCUPACIONAIS DOS ENFERMEIROS DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
Relatoria:
JOICE DA SILVA SOARES
Autores:
  • José Adailton da Silva
  • João Luiz Neto
  • Altaiva Jales Costa Souza
  • Jokasta Nicoly de Araújo
Modalidade:
Pôster
Área:
Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde e tem como base a Estratégia Saúde da Família, pautada na promoção e prevenção da saúde da população adscrito. Muitas vezes, esta atenção não é garantida aos próprios executores das políticas de saúde. OBJETIVO: Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar os riscos ocupacionais a que estão submetidos os Enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família-ESF de um Município do interior do Rio Grande do Norte. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa e natureza descritiva, realizado com 100% dos Enfermeiros da ESF do Município. Os dados foram obtidos a partir de um questionário semiestruturado, aplicado individualmente a cada um dos profissionais/sujeitos da pesquisa. Os dados deste estudo fazem parte da análise intitulada Avaliação dos riscos ocupacionais dos profissionais da estratégia de saúde da família no Município de Caicó-RN e foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa CEP/FIOCRUZ. RESULTADOS: Os resultados revelaram que, embora os profissionais identifiquem quase a totalidade dos riscos, os de natureza biológica são os mais apontados. Segundo os sujeitos da pesquisa, este risco também foi o mais discutido na graduação (53%), no entanto, 47% dos enfermeiros referiram não ter recebido nenhuma informação sobre os riscos de sua profissão em cursos após a graduação. Quando avaliadas as doenças relacionadas ao trabalho, 7% dos profissionais referiram tê-las, e 80% têm preocupações quanto a sua saúde no trabalho. Dos entrevistados, 93% reconheceram a necessidade do uso de EPI durante a realização de suas atividades, outros têm uma visão limitada sobre o grau de proteção. Além disso, os enfermeiros referiram que não buscam assistência jurídica para garantir tais os direitos trabalhistas e de proteção à saúde. CONCLUSÃO: Foi grande a preocupação quanto ao risco psicossocial e de violência, onde a sobrecarga de papéis, exigência de produtividade e articulação entre o complexo processo de trabalho dos enfermeiros acaba trazendo riscos à saúde. Desta forma, faz-se necessário oferecer melhores condições de trabalho, valorização profissional e processos educativos para os profissionais e gestores da Estratégia de Saúde da Família do Município analisado.