A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica que causa sérias implicações biológicas, psíquicas e sociais debilitante, que afeta adultos jovens e, com maior frequência, o sexo feminino. Pela complexidade fisiopatogênica de origem neurológica que envolve essa patologia, de acometimento súbito, e que poderá envolver sérios prejuízos à vida humana, indagações foram suscitadas no cotidiano da prática assistencial com mulheres, acerca das implicações de cunho subjetivo que revelam a vulnerabilidade psíquica e corpórea do grupo feminino com diagnóstico dessa entidade mórbida. Esse trabalho discute as implicações do corpo que ultrapassa a dimensão dos aspectos psicossomáticos e constitui-se como o todo de um sistema biopsicossocial que compõem a história de cada sujeito. Relata-se portando a experiência multiprofissional do período de 2010 a 2012, constituindo-se dessa forma, 3(três) anos referentes a realização de visita domiciliar a clientes que enfrentam esse processo de adoecimento e recebem apoio da Associação Piauiense de Esclerose Múltipla – APEM, no estado do Piauí. Foi delineado nessa vivência o percurso assistencial que imprimiu a marca das singularidades dos apoios de caráter técnico e psicológico, apresentando-se de extrema importância para a promoção do auto-cuidado de cada sujeito. Desse forma inferi-se que essa atividade contribuiu, principalmente para o equilíbrio e maximização da qualidade de vida dessa clientela.