O álcool é uma droga utilizada desde os primórdios, considerada de uso sociável, independente da classe social que o indivíduo está inserido. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2008), cerca de dois bilhões de pessoas fazem uso de bebida alcoólica. O álcool é um dos principais fatores que contribuem para a violência doméstica, acidentes de trânsito, entre outras consequências da saúde mundial. O objetivo da pesquisa foi investigar os malefícios que o álcool traz para o usuário e seus familiares e as medidas tomadas pelos profissionais de enfermagem para o tratamento do dependente e da família. O estudo é de revisão bibliográfica descritiva, e os textos utilizados foram identificados a partir da busca de artigos no portal Scielo com os descritores: alcoolismo; psicoses alcoólicas; família, enfermagem e alcoolismo, entre o ano de 2005 a 2010. A pesquisa realizada mostra o conflito doméstico, a recusa do viciado para o tratamento, e os recursos utilizados pela enfermagem para buscar o viciado para o tratamento; a maioria das vítimas são mulheres que convivem com o viciado, sendo que essas geralmente necessitam de acompanhamento psicológico e são agredidas frequentemente com ameaças verbais, físicas, psicológicas e até de morte. A pesquisa revela que a dependência do álcool no Brasil está relacionada ao contexto sócio cultural e a violência no âmbito familiar, acarretando transtornos mentais e sociais para o viciado, família e a sociedade. Medidas preventivas e tratamentos são oferecidos a esse grupo, mas a demanda é grande para poucos profissionais capacitados. A equipe deve ser multiprofissional. Segundo a OMS através da Portaria 816/GM que regula o atendimento do alcoolista em centro de atenção psicossocial, a Enfermagem deve participar como integrante primordial da equipe, exigindo a capacitação dos profissionais para exercer esse papel. Os Enfermeiros facilitam o processo de mudança do indivíduo para que haja melhor compreensão da doença, com isso é mais fácil o controle da recaída; contribui para que o paciente inicie o tratamento através de aconselhamentos, passando segurança, tranquilidade monitorando os sintomas de abstinência alcoólica diariamente. Atua também lidando com a atenção aos familiares envolvidos com o alcoólatra.