A Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, criada pela Portaria Ministério da saúde 1.944, de 27 de agosto de 2009, visa a integralidade do cuidado à população masculina e aponta desafios a serem superados, na expectativa de reverter os indicadores de mortalidade e morbidade masculina. Neste sentido o estudo objetivou realizar busca na literatura a respeito dos fatores culturais limitantes do cuidado masculino pelos profissionais e serviços de saúde, especialmente a Atenção Primária à Saúde. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio de pesquisas com base em artigos encontrados na literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Biblioteca Virtual em Saúde, a partir do ano 2000. Encontrou-se 22 artigos relacionados a temática. Os resultados apontaram o machismo como principal fator cultural limitante às práticas do auto-cuidado, considerando que o macho é visto como viril, invulnerável e forte, portanto procurar o serviço de saúde reflete ao comportamento de fraqueza, medo e insegurança, aproximando-o das representações do ser feminino, o que implicaria possivelmente desconfianças acerca dessa masculinidade culturalmente instituída. Concluí-se que os profissionais de saúde devam considerar os fatores culturais na lida com a população masculina, no sentido de desmistificar o senso comum que fragiliza o cuidado. Recomendamos a realização de outros estudos que possam refletir sobre a masculinidade para uma compreensão dos comprometimentos da saúde do homem.