A desnutrição infantil constitui um problema de saúde pública, abrangendo condições patológicas e multifatoriais. É causada pela dieta inapropriada, hipocalórica, hipoproteica, podendo desencadear por baixa ingestão alimentar, associada a fatores sociais e psiquiátricos. Objetivou-se investigar o conhecimento dos pais acerca da Desnutrição infantil. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizada em uma instituição especializada no atendimento a crianças desnutridas, com 16 pais de crianças atendidas com diagnóstico de desnutrição. A coleta de dados realizou-se no período de Agosto a Outubro de 2011, por meio da observação não participante e entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados por meio da Análise Temática de Minayo, emergindo as categorias: conhecimento dos pais acerca da desnutrição; cuidado com a alimentação da criança. Constatou-se, na dimensão saúde-doença, os pais retratam desconhecimento sobre o problema da desnutrição. Acreditam que somente com excesso de alimento é que os filhos não adoeceriam nem ficariam desnutridos. Isso resulta em retardar o processo de reabilitação da criança com informações que poderiam contribuir na sua recuperação. Observou-se que os pais desconhecem o preparo das refeições com propriedades nutricionais adequada e a necessidade da freqüência alimentar ser no mínimo de cinco vezes por dia. Entretanto, têm a consciência da importância da alimentação ideal para os filhos desnutridos, mas, diante das condições socioeconômicas, estão distantes dessa realidade. A importância com o cuidado e o preparo da alimentação das crianças é de suma importância para o crescimento e desenvolvimento delas, evitando doenças correlatas. Assim, há uma necessidade de orientação para com esses pais, a respeito da assistência prestada junto à alimentação para a prevenção e controle da desnutrição infantil. Diante do exposto, conclui-se que o efetivo fim da desnutrição infantil depende de intervenções as quais reduzam a pobreza e melhorem a qualidade de vida das famílias menos favorecidas, além de uma ação focalizada e sistematizada em instituições comunitárias adequadas para o acompanhamento não apenas na área da saúde, mas também na segurança alimentar, auxiliando a mãe para que ela possa cuidar bem da sua criança, dando-lhes acesso à educação, orientando no cuidado da saúde.