INTRODUÇÃO: A hanseníase, de acordo com o Ministério da Saúde, é uma doença infecciosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Inicialmente, a doença manifesta-se por meio de lesões de pele, podendo ser manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que apresentam perda de sensibilidade. Os doentes são classificados em dois grupos: Paucibacilares, apresentam um pequeno número de bacilos, com baciloscopia negativa e menos de 05 (cinco) lesões de pele e Multibacilares, forma contagiosa, apresentam um grande número de bacilos, com baciloscopia positiva e mais de 05 (cinco) lesões de pele. Enquanto problema de saúde pública, o diagnóstico precoce e o tratamento da hanseníase são fundamentais na estratégia de controle da doença, que possui como objetivo interromper a transmissão da doença, quebrando a cadeia epidemiológica, bem como prevenir incapacidades físicas, promovendo a cura e a reabilitação física e social do doente. OBJETIVOS: analisar aspectos epidemiológicos, buscar formas de evitar o estigma da doença, bem como a busca por métodos efetivos de tratamento e combate da hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em que os dados foram localizados no banco de dados SCIELO, sendo catalogados por: ano de publicação (no período de 2000 a 2010); revista de publicação e tipo de abordagem e foi utilizado como descritores: “Enfermagem” e “Hanseníase”, resultando em 31 artigos. RESULTADOS: Os estudos evidenciaram que as atividades de educação em saúde, no Programa de Controle de Hanseníase, ainda se mostram pouco sistematizadas, e direcionadas principalmente ao processo do adoecimento e à adesão terapêutica, ao invés de dispensar maior atenção às pessoas, suas necessidades e sua autonomia. Muitas vezes o que se observa é uma rejeição do paciente quanto ao diagnóstico médico e a não aceitação do uso de PQT como método para a obtenção da cura da doença. Esses dados sugerem a necessidade de uma maior atenção por parte dos serviços em saúde. CONCLUSÃO: Concluiu-se que a enfermagem tem sido uma ciência preocupada com o controle da hanseníase em nosso país. As ações de avaliação do programa de controle, os aspectos epidemiológicos e a luta contra o preconceito e discriminação ao paciente hansênico ainda se apresentam como foco principal da atuação dos enfermeiros e dos profissionais de saúde em geral. As pesquisas realizadas e os artigos analisados têm como finalidade a promoção e a proteção.