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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE ÁLCOOL NOS ÍNDICES DE MORTALIDADE MASCULINA POR CAUSAS EXTERNAS
Relatoria:
LORENA CAMPOS DE SOUZA
Autores:
  • Alíssia Maria Barbosa da Silva
  • Antonio Uelton de Araújo da Silva
  • Jozeane de Azevedo Soares
  • Francisco Antonio da Cruz Mendonça
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A masculinidade é o padrão comportamental assumido pelo homem na sociedade, sendo, portanto um conjunto de valores e atributos a serem seguidos os quais se alteram conforme gerações ou classes sociais e tornam o homem pouco envolvido com a saúde. Esse arquétipo de masculinidade está intimamente ligado ao predomínio masculino em atos violentos, o que explica o alto índice de mortalidade masculina por causas externas. Associado a essa ‘masculinidade’ dominante encontra-se o abuso de álcool, uma tendência que aumenta o índice de atos violentos e impulsivos, fator importante para a etiologia de mortes por causas externas. Objetivou-se analisar a relação do uso de álcool com os índices de mortalidade masculina por causas externas. Trata-se de uma revisão literária sobre a influência do consumo de álcool nos índices de mortalidade masculina por causas externas. Para realização da pesquisa utilizou-se a base de dados SCIELO. O critério de inclusão dos artigos foi à atualidade; sendo pesquisados artigos dos últimos sete anos que abordassem a temática. Os descritores utilizados foram: alcoolismo, masculinidade e causas externas. Foram encontrados 13 artigos e apenas quatro atenderam aos requisitos. Os artigos revelaram que a maioria dos pacientes atendidos em um pronto socorro, 78,8% eram do sexo masculino, a faixa etária predominante foi de 18 a 25 anos. Na sua maioria, os pacientes tinham no máximo o ensino fundamental, eram solteiros, e tinham baixa renda familiar. A causa externa prevalente foi acidente de trânsito (68,2%), seguido de agressão física (16,5%), quedas (12,9%) e outros (2,4%). Outro fator que se destaca é a subjetividade do que é ser homem, podendo impor barreiras culturais e dificultar práticas de autocuidado, pois à medida que o homem é visto como um ser viril ele se sente protegido e dispensa medidas de prevenção, o que poderia associá-lo à fraqueza, medo e insegurança; aproximando-o do universo feminino. Os dados obtidos foram alarmantes, pois as causas externas acarretam superlotação dos hospitais e altos gastos com tratamento e reabilitação dos envolvidos, caracterizando o uso de álcool e as causas externas como fatores que devem ser pautados na agenda de saúde pública do País. Merecendo destaque para a necessidade de realizar ações e serviços básicos na busca ativa àqueles em situação predisponente ao risco, de forma a conscientizá-los quanto aos danos aos quais estão expostos e quanto ao conceito do que significa de fato, ser homem.