INTRODUÇÃO: A internação hospitalar é um desconforto para crianças e adultos. Esse momento da vida torna-se mais crítico quando se refere à criança, sobretudo quando essa internação é por doença crônica, de origem cancerígena e sem bom prognóstico. Sendo assim, ocorrem diversas modificações socioculturais na vida dessa criança e seus familiares. Nesse contexto, o Projeto Anjos da Enfermagem, através da educação em saúde por meio da ludicoterapia, tem a missão de promover alegria para crianças internadas, na perspectiva de apoio e humanização da saúde. OBJETIVO: Relatar o impacto da visita semanal para crianças e acompanhantes realizada pelo Programa Anjos da Enfermagem Núcleo Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado durante as visitas semanais dos voluntários do Programa Anjos da Enfermagem no Hospital Infantil Albert Sabin e Associação Peter Pan, em Fortaleza-CE, nos meses de abril à junho de 2012. RESULTADOS: As visitas são agendadas e realizadas semanalmente, antes da entrada dos voluntários é solicitado autorização aos acompanhantes e quando a resposta é positiva, os anjos (Acadêmicos de Enfermagem) entram de forma alegre e divertida, inicialmente há uma conversa com a criança para apresentação e criação de vínculo. Em seguida são feitas várias brincadeiras, contam-se histórias e são cantadas músicas infantis. Os acompanhantes, na maioria das vezes pais ou mães, demonstram alegria ao perceberem os filhos mais ativos e participativos, os quais agradecem com abraços. Na despedida, a criança revela um sentimento de saudade, mas é orientado para as crianças e acompanhantes que os Anjos da Enfermagem retornarão, e que, caso a criança permaneça no hospital, receberão outra visita. Os voluntários do Programa retornam ao leito que foi visitado e percebem a criança com brilho no olhar e a confirmação da espectativa da criança na espera é descrita pelos pais. CONCLUSÃO: O impacto positivo na visita dos voluntários, tanto para as crianças quanto para os acompanhantes, reflete a mudança de comportamento de todos (criança, acompanhante e profissionais) proporcionando ao ambiente visitado um aspecto diferenciado, sendo o mesmo fortalecido pela alegria e atividades lúdicas, as quais permitem que o sofrimento e a angústia do processo de internação seja melhor enfrentada pelas crianças e familiares.