A infertilidade pode provocar efeitos devastadores na esfera individual e conjugal, podendo ocasionar decréscimo na qualidade de vida. Assim, através da literatura é possível perceber que o número de casais que recorrem a tratamento que possibilite o desejo da maternidade e paternidade vem crescendo. Alguns fatores de risco e patológicos no histórico pessoal podem influenciar na infertilidade. Segundo dado da Organização Mundial de Saúde, 2010, estima-se que entre 60 e 80 milhões de pessoas no mundo enfrentem dificuldades para levar a cabo seu projeto de paternidade e maternidade. Com base no exposto surgiu o seguinte questionamento: Qual o histórico patológico pessoal e fatores de riscos mais frequentes relacionados com a infertilidade feminina? Objetivou-se descrever o histórico patológico e fatores de risco das mulheres que procuram a reprodução assistida. Trata-se de estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa, tipo documental. A pesquisa foi realizada em uma clínica particular de reprodução assistida, no município de Fortaleza-CE nos meses de setembro a novembro de 2011, com 100 mulheres. A coleta de dados foi realizada através de consulta aos prontuários com formulário pré-estabelecido pelas autoras. Os critérios de inclusão foram mulheres atendidas pelo médico selecionado e ter realizado pelo menos seis (06) consultas e de exclusão as mulheres que abandonaram o tratamento. Os dados foram processados no Statistical Package for the Social Sciences. Utilizou-se de estatística simples e descritiva para análise dos dados. Observou–se que 4 (4%) das mulheres afirmaram prática tabagista. Para 40 (40%) das mulheres, o etilismo foi presente. O uso de cafeína foi um dos fatores de risco mais predominante, 77 (77%). Apenas 21 (21%) das mulheres referiram prática de exercício físico. Um dado preocupante é que 79% dessas mulheres não fazem nenhum tipo de atividade física. Neste estudo, 13 (13%) das mulheres referiram uso de medicamentos. No que se refere ao histórico patológico pessoal, observou–se que das patologias citadas a de maior incidência foram as Tireoidiopatias, citadas por 06 (6%) mulheres, seguida da hipertensão com 03 (3%) das mulheres. Pode-se constatar que a maioria das mulheres analisadas são saudáveis, apresentam fatores de risco de fácil modificação no estilo de vida e apresentam patologias que quando bem acompanhadas e assistidas podem levar a gestação a termo sem intercorrências, fator bastante positivo para a concepção.