Introdução: Atualmente, o mecanismo da fibrose hepática (FH) tem sido objeto de extensa investigação, mas muito ainda continua a ser feito para melhor compreender a complexidade dos mecanismos imunológicos que instiga importantes questões relativas às vias inibidoras e ativadoras na fibrose esquistossomótica. Objetivo: Delinear sobre os principais mediadores imunológicos que possam estar envolvidas nos mecanismos moleculares que envolvem a fibrose hepática em portadores de Esquistossomose. Métodos: Realizou-se uma busca online de artigos pela Biblioteca Virtual de Saúde, durante o mês Maio de 2012, com os descritores controlados: esquistossomose, fibrose hepática e resposta imune. Os critérios de inclusão dos artigos para esta revisão integrativa foram: ser artigo de pesquisa completo, estar disponível eletronicamente, estar publicado nos idiomas: português, inglês e/ou espanhol, publicado nos últimos 10 anos, conter como temática do estudo os aspectos imunológicos na fibrose hepática em portadores de esquistossomose. Resultados: Estudos indicam que a formação inicial de um granuloma em torno dos ovos na região periportal é mediada por células T CD4+. As células hepáticas estreladas, são as principais mediadoras da fibrose hepática e quando ativadas, se transformam em células proliferativas e contráteis, constituindo a essência da resposta fibrótica à agressão hepática, contribuem para este evento, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), citocinas fibrogênicos, tais como o fator de transformação de crescimento beta (TGF-β), angiotensina II e a leptina. Algumas citocinas como a Interleucina 4 (IL-4), IL-5, IL-13, IL-10 favorecem a formação da fibrose hepática. A fibrose avançada também esteve associada a baixos níveis da produção de certos inibidores de fibrose, como o interferon-gama (IFN-γ) e IL10. Estudos indicam que o IFN-γ e a IL-13, possuem papel protetor sobre o fígado, porém apresentam níveis séricos reduzidos. São controversos os estudos referentes às funções de algumas citocinas neste processo. Conclusão: Conclui-se que o conhecimento do profissional de Enfermagem sobre a existência de possíveis marcadores imunológicos contribuiria para estratégias futuras na busca de novos instrumentos de prevenção e controle da doença.