O perfil emocional é a relação entre a razão e a emoção, sendo que no idoso este perfil pode sofrer modificações devido à série de transformações que ocorrem em sua vida, pois o mesmo não está acostumado a lidar com a saída do mercado de trabalho e a entrada da aposentadoria. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o perfil emocional de idosos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos – ILPIs, delineando o perfil socioeconômico e cultural e investigando as necessidades emocionais desta clientela. Trata-se de um estudo descritivo, de campo, prospectivo, com levantamento de dados quantitativos. Foram incluídos idosos moradores de uma ILPIs, que possuíam condições mentais de responder o questionário e estavam de acordo com o termo de consentimento livre e esclarecido –TCLE, cuja amostra totalizou 36 idosos. Os resultados mostraram que o perfil sócio-econômico e cultural dos idosos institucionalizados predominou o gênero masculino (69%), faixas etárias de 70 a 79 anos (36%), católicos (78%), solteiros (58%). Predomínio do ensino fundamental (44%), aposentados (78%), renda de um salário mínimo (89%), possuíam vida urbana antes da institucionalização (72%), residem de cinco anos ou mais na ILPI (39%). Quanto ao principal motivo da institucionalização a maioria foi morar sozinho por falta de recursos (31%). Uma relevante quantidade de idosos realizam atividades físicas - 56%, a maioria não realiza nenhum tipo de curso (86%). Um grande número participa de eventos institucionais (89%) e não participa de eventos familiares (83%), outros não possuem contato com a família (56%) e alguns sentem saudades da família (69%). De acordo com as necessidades emocionais, a maioria se sente sozinho (47%) tem vontade chorar (44%), sente tristeza (33%), tem ideações suicidas (14%), sente-se nervoso (44%), sente medo (44%). Concluiu-se que existe um perfil emocional consideravelmente alterado, com baixa escolaridade, institucionalização do idoso, onde os sentimentos de tristeza, medo e solidão e as ideações suicidas são fatores que podem levar a agravos a saúde mental do idoso, principalmente a depressão. Sugerem-se então a inserção destes idosos em programas oficiais que proporcionam a oferta de projetos educativos e o incentivo a participação em atividades ocupacionais e recreativas, no sentido de manter uma parte de seu tempo com ocupações e atividades para que se sintam úteis a sociedade.