Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
RELAÇÃO ENTRE NÚMERO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL E BAIXO PESO AO NASCER EM PETROLINA-PE
Relatoria:
ANANDA ARIANE JANUáRIO DO NASCIMENTO
Autores:
- ROSANE SILVIA DAVOGLIO
- LUISE MARIA SOUSA
- GLÓRIA MARIA PINTO COELHO
- DANIELA DE ALENCAR LUBARINO
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O baixo peso ao nascer (BPN) segundo a Organização Mundial de Saúde é o de peso inferior a 2500g, um problema de saúde com reflexos econômicos e sociais para o binômio materno-fetal. No Brasil, no ano de 2009, a taxa de mortes neonatais associadas ao BPN foi da ordem de 7,8 óbitos por 1000 nascidos vivos, e na região Nordeste foi de 8,6 óbitos. O BPN pode desencadear problemas do sistema neurológico, respiratório, retardo do crescimento e desenvolvimento infantil, e anomalias congênitas e por tornar o individuo mais susceptível a enfermidades. A Política de Humanização do Pré-Natal e Nascimento garante o acesso e a qualidade no pré-natal, com a realização gratuita de exames laboratoriais, fornecimento de medicamentos, vacinas e acompanhamento em saúde. As gestantes devem iniciar o pré-natal até o quarto mês e ter no mínimo seis consultas. A realização do pré-natal contribui para prevenir, identificar precocemente e tratar os problemas de saúde da mãe e do bebê. Objetivo: avaliar a associação entre Baixo Peso ao Nascer e número de consultas Pré-Natal em Petrolina/PE. Realizou-se um estudo caso-controle com puérperas atendidas no Hospital Dom Malan/IMIP. O Grupo Caso foi constituído de mães de crianças nascidas com peso inferior a 2500g e o Grupo Controle foram mães de recém-nascidos do mesmo hospital, com peso igual ou superior a 2500g. A amostra foi calculada para um projeto maior: Relação entre Doença Periodontal em Gestantes e Nascidos prematuros e/ou de baixo peso. O tamanho da amostra foi estimado em 103 casos e 103 controles com o emprego do programa Epi Info, admitindo-se um nível de confiança de 95% e um poder do estudo de 80%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana sob o protocolo de número: 152/2008. O número de consultas de pré-natal realizadas foi um importante fator de risco associado ao baixo peso, onde 40,4% das mulheres do grupo caso receberam seis consultas ou mais. Obtendo assim um p-valor estatisticamente significante de 0.00. A assistência pré-natal é importante para prevenir riscos e hábitos que podem induzir o BPN. Estudos indicam que a qualidade do pré-natal contribui para o bom desenvolvimento da gravidez, o Ministério da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo seis consultas pré-natal. A literatura considera como fator de proteção para que não ocorra o BPN, realizar mais que sete consultas.