Entende-se vínculo como sendo a capacidade de ligar-se moralmente, de prender-se. As doenças crônicas são agravos de saúde que apresentam sintomas interligados e que necessitam de tratamento por longo prazo, sua cura completa é rara. A doença crônica representa um cruel obstáculo não só para o desenvolvimento da criança como também para o seu relacionamento familiar. É na família que a criança busca apoio, orientação, proteção, suporte para algum sofrimento, carinho, atenção. A criança podendo contar com a assistência de algum familiar, poderá suportar com mais vigor os sofrimentos e ansiedades surgidos durante a doença e o processo de hospitalização. Faz-se necessário um olhar biopsicossocial da equipe multiprofissional perante o doente e sua família, tentando vê-los como um todo e não somente a doença. Essa pesquisa teve como objetivo analisar a contribuição do vínculo afetivo da criança com sua família no enfretamento da doença crônica; e identificar o papel da equipe multiprofissional como facilitadora do cuidado e fortalecedora do vínculo mãe-filho, na percepção da família. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória- descritiva, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida no Hospital Universitário Lauro Wanderley, localizado no município de João Pessoa. Os sujeitos participantes do estudo foram sete mães de crianças internadas na referida instituição. Os critérios de inclusão dos sujeitos da pesquisa foram: ser pais ou familiares de crianças na faixa etária de 0 a 9 anos, portadores de doenças crônicas internadas na referida instituição no período da pesquisa de campo. A coleta dos dados ocorreu no período de Setembro e Outubro de 2011 por meio de entrevista semiestruturada. O material empírico do estudo foi analisado mediante a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Desse foi possível compreender o fenômeno investigado a partir das seguintes ideias centrais: Mudanças no cuidado, atenção e preocupação das mães após o diagnóstico de doença crônica da criança; Relação afetiva mãe e filho: importância da presença da mãe no ambiente hospitalar; Contribuição de visitas e/ou ligações de outros membros da família para o enfrentamento da doença crônica pela criança; Contribuição da equipe de saúde pra o fortalecimento da relação afetiva mãe e filho: descrição do tratamento da equipe de saúde nos hospitais em que a criança já foi internada durante todo o seu histórico da doença e Importância da escuta e os problemas na organização dos serviços.