O retardo mental é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais comuns em crianças e adolescentes. A taxa de prevalência está em torno de 1% da população jovem, sendo considerado um problema de saúde pública pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O sistema único de saúde (SUS) desenvolve politicas que permeia a inclusão social e a promoção de saúde do individuo com transtorno mental. Dentre essas, a politica de saúde mental na atenção básica, com ações voltadas para a cidadania e autonomia, exerce papel importante na assistência a esses indivíduos. Diante disso, a visita domiciliar configura-se como meio para alcançar essas ações. Este trabalho teve por objetivo relatar a experiência de graduandas do curso de enfermagem no acompanhamento a um paciente com retardo mental. Este estudo consiste em um relato de experiência, tendo por instrumento a realização de seis visitas domiciliares associadas a atividades ocupacionais, no período de março a abril de 2012, no bairro Redonda, Teresina-Pi. Com as visitas domiciliares percebeu-se a importância da implantação do relacionamento terapêutico, sobretudo para obter subsídios que possam orientar e direcionar a prestação de cuidados. A implementação de atividades ocupacionais, especialmente a arteterapia, trouxe benefícios relevantes como melhora da autoestima, desenvolvimento da fala e coordenação motora. Notou-se ainda, o bem-estar promovido pelas visitas domiciliares, onde o cliente demonstrou interesse e participação nas atividades propostas. O contato com o paciente com retardo mental implicou uma reflexão acerca da importância do serviço de saúde mental na atenção básica, onde se pode observar que seu funcionamento ajuda não somente na recuperação e tratamento desses pacientes, mas também na promoção de saúde. Por fim, a promoção de saúde baseada numa assistência holística, mostrou-se de grande eficácia, uma vez que, resultou na melhora dos padrões físicos e emocionais do paciente.