INTRODUÇÃO: Muito se fala sobre os problemas que a atenção à saúde do norte do Brasil enfrenta, mas poucos são os que buscam conhecer a região e tentar entender essa problemática. A Amazônia é uma preocupação da saúde do país desde os primórdios da saúde pública do Brasil, buscando-se intervenções sanitárias específicas para os problemas da região. OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo relatar a visão de uma acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande sobre a situação da saúde no interior do Amazonas, durante a sua estadia nessa região do país através do Projeto Rondon. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência preparado a partir da percepção de uma acadêmica de enfermagem sobre as dificuldades enfrentadas pela população do interior do Amazonas diante do atendimento em saúde. DISCUSSÕES: A estadia no município de Nova Olinda do Norte-Amazonas foi interessante para conhecermos a conjuntura da saúde na região e também desmitificarmos muito do que é ouvido falar. Percebemos que a atenção primária à saúde é a mais atuante na região, embora passe por problemas em relação ao tempo de entrega dos resultados dos exames, pois os mesmos necessitam ir de barco à capital para análise. Em visita a aldeia surgiu o ensejo de conhecer a sua Unidade Básica de Saúde que apresenta uma excelente estrutura física e com a participação de todos os profissionais, mas enfrentem os mesmos problemas em relação à análise dos exames. Nas aldeias não há hospitais, apresentando exclusivamente atenção primária à saúde. No município, a unidade hospitalar pareceu bem estabelecida. Tinha equipe de saúde completa e aparentemente era uma unidade nova, mas não atende a casos graves, sendo eles encaminhados à capital. Devido aos problemas enfrentados e a cultura popular, a maioria da população faz uso de plantas medicinais sem orientação de profissionais qualificados. CONCLUSÃO: Com as dificuldades arrostadas na região, é ainda mais importante uma atenção primária à saúde eficaz, pois muitas vezes uma atenção especializada pode estar a várias horas de barco. Também é de extrema importância que os profissionais que trabalham na região, especialmente os enfermeiros que apresentam maior contato com os usuários, se interessem pelo conhecimento das plantas medicinais. E que os profissionais tenham mais interesse em trabalhar nessa região do país onde tanto se precisa de quem venha fazer a diferença na qualidade de vida da população.