Introdução: O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero. É o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Objetivo: Verificar na literatura, a dificuldade da paciente frente ao enfermeiro do sexo masculino durante a realização do Papanicolaou. Metodologia: Realizado revisão integrativa de 10 artigos em português, com os descritores: enfermagem, papanicolauou e gênero masculino, nos bancos de dados BVS e Scielo, no período de 2005 a 2011, utilizando-se as etapas: seleção do tema, critérios para a utilização da amostra, categorização dos estudos encontrados, análise dos dados e apresentação da revisão. Resultados e Discussão: Foi constatado em todos os estudos, que as mulheres apresentavam resistência para realizar o exame ginecológico com o profissional enfermeiro do sexo masculino, o que interfere na realização e adesão das práticas de prevenção. Autores destacam que essa resistência deve-se aos aspectos culturais e sociais, tais como: o medo de possíveis abusos, timidez pela exposição do corpo diante do profissional e a opinião do cônjuge. Considerações Finais: O Papanicolaou é a forma de prevenção mais eficaz contra o câncer do colo do útero, porém quando realizado por profissionais do sexo masculino gera constrangimentos nas pacientes. Percebe-se a necessidade da educação em saúde voltada para a conscientização das mesmas referentes ao profissionalismo e ética do enfermeiro independente do gênero.