O Câncer de colo uterino é o segundo tumor mais frequente na população feminina, e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Tendo em vista tal problemática objetivou-se averiguar as condutas e respostas da clientela acometida com CCU e acompanhada por um serviço de referência em Barbalha – CE. A pesquisa foi realizada entre janeiro a fevereiro de 2012. A abordagem metodológica utilizada foi a qualitativa de caráter exploratório descritivo. Nove mulheres apresentaram diagnóstico para o câncer no período de coleta de dados, mas apenas quatro foram entrevistadas, pois as demais não foram localizadas pelos endereços que constavam nos prontuários. A pesquisa seguiu os parâmetros estabelecidos pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. O estudo foi apreciado pelo Comitê de Ética da Universidade Regional do Cariri recebendo parecer favorável. Utilizou-se a técnica de transcrição e tratamento dos dados. As respostas foram agrupadas em cinco categorias: Categoria I: Conhecimento sobre o CA de colo de útero e sua relação com o HPV; Categoria II: A importância do exame preventivo (O Papanicolaou); Categoria III: Sentimento por ser portadora do CA de colo de útero e Categoria IV: O tratamento e seu percurso. Constatou - se um déficit de conhecimento das mulheres no que diz respeito ao CA de colo de útero; Detectou-se que as mulheres foram bem orientadas quanto à importância do exame Papanicolaou, no entanto, percebe-se que quando indagadas sobre a relação do HPV com o CA de colo uterino elas não compreendiam tal relação. Quanto aos sentimentos experimentados pelas mulheres após o diagnóstico de CA relataram uma mistura de emoções, por julgarem estar entre a vida e a morte, denotando que ainda é preciso um melhor apoio dos profissionais neste aspecto. Já em relação ao tratamento todas referiram seguir ou já ter seguido com os tratamentos prescritos. Desta forma, percebe-se que as participantes envolvidas no estudo necessitam de mais orientação quanto à doença e que os gestores necessitam investir em educação em saúde, visto que o processo educativo contribui para o fortalecimento da comunidade lhes proporcionando uma melhor qualidade de vida.