A infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta denomina-se Infecção Hospitalar (IH). Nesse tipo de infecção o hospedeiro é o elo mais importante da cadeia epidemiológica, pois alberga os principais microrganismos que na maioria dos casos desencadeiam processos infecciosos. A maioria das IH manifesta-se em pacientes gravemente enfermos, decorrente da hospitalização e da realização de procedimentos invasivos ou imunossupressores, fato que vem aumentando as taxas de morbimortalidade nos indivíduos hospitalizados. Com isso, a inobservância dos princípios básicos de controle dessas infecções pode ter graves consequências. Nos hospitais são encontrados vários fatores que influenciam a presença de veiculadores de agentes infecciosos que podem estar diretamente associados aos problemas de infecções nesses ambientes. Ultimamente os artrópodes, particularmente as formigas, têm sido descritas como habitantes deste local, representando um veículo para os microrganismos, sendo considerados os animais sinantrópicos que mais afetam a qualidade de vida da espécie humana. Portanto, este trabalho objetiva ressaltar a importância dos enfermeiros conhecerem os processos que desencadeiam as IH por formigas, para que possam prestar assistência a partir de cuidados especializados aos pacientes. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, realizada através de uma revisão de literatura, onde foram utilizados livros que abordam o tema, periódicos e artigos científicos publicados em base de dados. Através dos levantamentos da fauna de formigas em hospitais do Brasil evidenciou-se que esses insetos transportam microrganismos patogênicos, alguns resistentes a antibióticos, apresentando assim um risco potencial de infecção em hospitais devido à sua grande mobilidade no interior destes ambientes. Nesse contexto, o enfermeiro da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) tem um importante papel na prevenção e controle dessas infecções por ser um elo entre todos os setores do hospital, atuando como disseminador de ações preventivas. Pois, é competência do enfermeiro diagnosticar e notificar os casos de IH, identificar o risco, aplicar técnicas assépticas e introduzir medidas de prevenção.