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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
OS ANJOS DA ENFERMAGEM FRENTE À MORTE DA CRIANÇA COM CÂNCER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO BAHIA
Relatoria:
LAIS BASTOS GUIMARAES
Autores:
  • GABRIELA SILVA AZEVEDO
  • JÉSSYCA DE OLIVEIRA SANTANA
  • Maria Angélica Dias Barreto Gomes
  • MARIA THAIS DE ANDRADE CALASANS
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Instituto Anjos da Enfermagem tem se tornado um dos maiores exemplos de solidariedade e responsabilidade social da enfermagem brasileira. A educação e saúde através do lúdico são levadas às crianças portadoras de câncer pelos voluntários, estudantes de enfermagem, que vivenciam um exemplo prático de humanização na assistência. Os Anjos da Enfermagem - Núcleo Bahia é composto por oito voluntários e realizam visitas semanais à oncopediatria de um hospital de referência da cidade do Salvador. Devido à frequência de, no mínimo, quatro encontros mensais, a construção de um vínculo afetivo entre os Anjos e as crianças é um acontecimento de fácil percepção e de grande ocorrência. Dentre as diversas vivências experienciadas pelo grupo, a morte parece ser a que mais impacta emocionalmente. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada pelos voluntários do Programa Anjos da Enfermagem frente à morte de crianças da unidade de oncopediatria. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência dos voluntários do Programa Anjos da Enfermagem-Núcleo Bahia, vivenciado no período de abril e maio de 2012. RESULTADOS: Nos meses de abril e maio de 2012, os voluntários vivenciaram o óbito de três crianças. O primeiro óbito foi de uma criança em que ainda não havia um vínculo afetivo muito forte entre ela e os Anjos. Entretanto, tal fato levou o grupo a uma reflexão sobre o processo de morte e, com a primeira aproximação com a situação, gerou um sentimento de medo frente à possibilidade da morte de crianças que já houvesse uma relação afetiva próxima. Os dois óbitos seguintes foram com crianças em que esses laços eram estreitos. Os sentimentos de tristeza, frustração e impotência fizeram parte dos voluntários, que não se sentiram preparados para essa despedida repentina. Junto a isso, foi evidenciado um sentimento de responsabilidade em acolher as famílias, que consideravam o grupo como amigos que aliviavam o sofrimento dos seus filhos. Foi evidenciado por todos que o óbito posterior não era menos doloroso do que aquele já vivenciado. Em todas as situações foram despertados sentimentos relacionados ao sofrimento. CONCLUSÃO: Consideramos que é possível amadurecer, no sentido de compreender a passagem dessa vida para outra, mas não é possível acostumar-se com a situação do processo de morte de uma criança ou adolescente. Sentimentos de sofrimento, dor, angústia e consternação estarão sempre presentes, variando de intensidade a partir da vinculação afetiva estabelecida.