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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
O PERFIL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM OCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
MAYARA ANNANDA OLIVEIRA NEVES
Autores:
  • Andressa Tavares Parente
  • Wichkiane da Rosa Sousa
  • Francisco Gilberto de Souza Costa
  • Mailson Cristiano Silva de Jesus
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: De acordo com o Ministério da Saúde, os Estados e municípios devem dispor de uma rede de saúde organizada voltada para a atenção qualificada à gestante, considerando garantia de vínculo entre as unidades que prestam o atendimento pré-natal e as maternidades/hospitais, assim como transferência da gestante até uma unidade que tenha vaga assegurada, por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Este consiste em assistência pré-hospitalar móvel, ou seja, realizada nas residências, locais de trabalho e vias públicas, tendo como foco principal o atendimento em situações de urgência/emergência. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada nos primeiros seis meses de implantação do serviço de atendimento pré-hospitalar de um município á margem de rodovia, próximo à região metropolitana de Belém-Pará, a partir de ocorrências obstétricas. Metodologia: Este relato de experiência é de natureza descritiva, retrospectiva, com abordagem quantitativa, utilizando como fonte de dados secundário do banco de atendimentos do serviço móvel de urgência de um município á margem de rodovia, próximo à região metropolitana de Belém-Pará, entre os meses de julho a dezembro de 2011. Resultados: Foram realizados 193 atendimentos de natureza obstétrica, atendidas pelo serviço de remoção, referente aos meses de julho a dezembro de 2011, dos quais 39.9% corresponderam à Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG), 33.2% ao Trabalho de Parto Prematuro, 20.7% ao Trabalho de Parto Eutócico e 7.2% aos casos de descolamento de placenta. Sendo importante salientar que no que se refere à morte materna, no Brasil, as síndromes hipertensivas constituem a sua primeira causa. Ela, juntamente com as hemorragias, complicações do aborto e as infecções puerperais são responsáveis por 75% das mortes maternas em nosso país. Outro ponto importante é que a maior parte dos atendimentos (22.4%) correspondeu ao mês de novembro de 2011, estando em último lugar o mês julho de 2011, com 9.4% das ocorrências. Conclusão: Torna-se então, relevante identificar as ocorrências atendidas pelo SAMU, possibilitando a avaliação do Sistema de Saúde, que deve dispor de políticas municipais para prevenção/atendimento desses casos, elaborando estratégias específicas, já que o melhor manejo no atendimento pré-hospitalar a mãe/filho pode prevenir agravos severos que culminem na morte materna e igualmente reduzir a chance de intercorrências e óbitos neonatais.