Introdução: O processo de trabalho de parto e parto é considerado pela maioria das mulheres um momento doloroso, tornando-se uma experiência que marca a vida. No que pertine ao tema alívio da dor, o uso dos métodos não farmacológicos surge como opção para substituição de anestésicos e analgésicos durante o trabalho de parto e parto. Nesta perspectiva, a aplicação de estratégias não farmacológicas tem a finalidade de tornar este momento o mais natural possível, diminuindo as intervenções cesarianas desnecessárias e a administração de fármacos. Objetivo: Relatar a aplicação de métodos não farmacológicos para alívio da dor de parturientes durante o trabalho de parto. Metodologia: Trata-se de relato de experiência, por meio de vivência de estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará – UFC, durante estágio curricular da disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva, realizado no Hospital Distrital Gonzaga Mota localizado na Barra do Ceará, no período de 30 de maio a 07 de junho. Resultados: Observou-se, inicialmente, uma resistência por parte das parturientes em adotar medidas não farmacológicas como a deambulação, objetos disponíveis no pré-parto (“cavalinho”, “bola”, “banquinho” e “barra”), massagem relaxante, banho de chuveiro e respiração lenta e profunda, que preconizam posições verticalizadas e técnicas que concentrem a atenção, proporcionando um maior alívio da dor, assim como abreviação dos períodos de dilatação e expulsão no trabalho de parto. Embora resistentes, diante do incentivo por parte dos acadêmicos de Enfermagem e de maior conhecimento dos benefícios que essas técnicas proporcionam, as parturientes demonstraram interesse na utilização das estratégias não farmacológicas para alívio da dor. No decorrer dessa vivência, comprovou-se através do relato verbal e da expressão facial das parturientes a eficácia desses métodos no controle e alívio da dor e na aceleração do trabalho de parto. Conclusão: Conclui-se que a vivência entre ensino-serviço possibilitou a consolidação do conhecimento teórico-prático. O desenvolvimento de intervenção junto à parturiente utilizando de métodos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto e parto contribui para a concepção no profissional em formação da necessidade de um cuidado integral e humanizado a partir de postura inovadora que promova o bem-estar, empoderando a mulher, possibilitando-lhe a implementação de seu plano de parto e contribuindo para humanização desse processo.