INTRODUÇÃO: No Brasil, existem 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, dentre elas, 16.573.937 pessoas com deficiência visual. Em se tratando das pessoas com deficiência visual, esse segmento social têm necessidades específicas que demandam atendimento em saúde e desenvolvimento de habilidades nas áreas de orientação e mobilidade, atividades da vida diária, técnicas de autocuidado, além de problemas psicológicos, sociais e econômicos, dado que o déficit visual implica restrições ocupacionais e consequente diminuição da renda familiar, dificuldades de acesso aos serviços de saúde implicando em diminuição da qualidade de vida. OBJETIVOS: Objetivou-se avaliar as condições de saúde referente aos níveis pressóricos de pessoas cegas residentes na Microrregião do Agreste da Borborema. MÉTODOS: Foi realizado um estudo epidemiológico, em Unidades de Saúde da Família da Microrregião do Agreste da Borborema-PB (MAB). A população alvo foi composta por pessoas com deficiência visual residentes na MAB. A amostra foi censitária composta por 74 pessoas. Os critérios de inclusão foram: adulto (≥ 18 anos), residentes na zona urbana dos municípios da MAB, e que aceitaram participar. O critério de exclusão foi apresentar função cognitiva prejudicada. Todos os participantes foram informados sobre os propósitos da pesquisa e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: No tocante a análise dos dados coletados das condições de saúde dos sujeitos possibilitou averiguar a pressão arterial. Dentre os achados referentes à pressão arterial sistêmica dos participantes, destacou-se a hipertensão arterial com 59,43% dos participantes. 21,62% apresentavam-se em normotensão, 16,22% em hipotensão e apenas dois entrevistados recusaram-se a aferir a pressão, denotando 2,70% da amostra. Tais resultados evidenciam más condições de saúde, uma vez que existem estratégias específicas como o Plano Nacional de Atenção Integral a Hipertensão Arterial e Diabetes, para o confronto de tais problemas e de fácil acesso a população no nível básico de atenção. CONCLUSÕES: Ficou evidente as más condições de saúde dessa população, que persiste apesar de estratégias específicas do governo federal, bem como a existência da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência que recomenda assistência integral à saúde, promoção da qualidade de vida, organização do dos serviços de atenção à pessoa deficientes e capacitação da assistência.