Introdução: O movimento da Reforma Psiquiátrica reestruturou as práticas assistenciais em saúde mental. Assim, a atenção aos transtornos psíquicos tem buscado a construção e viabilização de uma rede integrada que contemple o usuário de forma integral, inclusive na Atenção Primaria à Saúde (APS). A estratégia Saúde da Família (SF) torna-se um contexto importante para a efetivação dessas novas práticas, por isso é indispensável conhecer como essa assistência está sendo prestada no cotidiano das equipes da Atenção Básica. Objetivo: Discutir as estratégias de cuidado voltadas às pessoas em sofrimento psíquico na Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Seguiu-se o pressuposto de revisão de literatura, cujos procedimentos incluíram busca online, por meio das bases de dados LILACS, BIREME e Scielo. Foram encontrados 21 artigos para analise e estruturação logica do estudo. Resultados: 18 trabalhos atendiam aos critérios de inclusão do doente em saúde mental no cotidiano da assistência da SF. 03 trabalhos demonstraram a fragilidade na atenção das políticas de saúde mental direcionadas para a APS, em que a sobrecarga de trabalho, a formação acadêmica, a inadequação da estrutura física e escassez de profissionais, são nomeados como obstáculos para garantir a qualidade do cuidado, e o modelo biomédico mostrou-se predominantemente nas concepções e práticas assistenciais. Conclusões: A construção das estratégias de cuidado às pessoas com sofrimento psíquico na Atenção Primária à Saúde, precisa interligar-se com outros saberes e fazeres. O reconhecimento das grandes dificuldades em lidar com a temática em saúde mental no cotidiano profissional é sem dúvida um aspecto positivo para a oferta de uma assistência de qualidade, permitindo ao paciente psíquico uma atenção mais digna e completa. Ademais, o enfermeiro possui conhecimentos e habilidades para acompanhar esse paciente e tambem é amparado por lei para esta atividade.