Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
ASPECTO EMOCIONAL DOS GENITORES FRENTE À INTERNAÇÃO DA CRIANÇA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
Relatoria:
JANINE MARQUES MEDEIROS E SILVA
Autores:
- Paula Frassinetti de Oliveira Cezário
- Kalline Marcelino da Silva Mariz
- Helder Serafim Dias
- Mércia de França Nóbrega Medeiros
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) é o local destinado para realização de uma assistência médica e de enfermagem ininterruptas a crianças na faixa etária de 0 a 19 anos em estado grave. A hospitalização repercute no desenvolvimento físico e psíquico da criança, como no emocional de seus familiares, os quais necessitam de ajuda no enfrentamento da tensão emocional vivenciada durante a internação da criança. OBJETIVO: Analisar os aspectos emocionais dos genitores frente à internação da criança em uma UTIP. METODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem quantiqualitativo realizado na UTIP DO Hospital Infantil Noaldo Leite localizado na cidade de Patos- PB no período de junho de 2010. A pesquisa foi realizada com 15 mães cujos filhos encontravam-se internados. Os dados foram coletados através de um roteiro de entrevistas contendo perguntas objetivas e subjetivas e sua análise foi realizada em tabelas e gráficos. RESULTADOS: Os resultados esboçam que todos os entrevistados são do sexo feminino em sua maioria genitoras com faixa etária entre 16 e 26 anos; possui renda familiar grau de escolaridade baixo, onde (40%) possui apenas o ensino médio e em sua grande maioria possuem companheiros; possuem como ocupação a função de donas de casa (67%). Observamos também que as mães, ao criarem o vínculo afetivo com seus filhos, estabelecem um compromisso emocional com a criança, podendo ser essa a força fundamental que estimula a mãe a cuidar do seu filho. Os achados deste estudo preenchem uma lacuna no conhecimento em saúde acerca da percepção dos genitores no caso de terem um filho internado em UTI. As mães encaram a UTI como um ambiente estranho, sempre associado à morte, causando-lhes mais medo e sofrimento, até que, após conhecerem melhor o local onde seus filhos encontram-se internados, modificam toda a percepção sobre o espaço. CONCLUSÃO: A internação de um filho acarreta sofrimento para as mães e demais familiares, os quais passam o período de internação com tristeza, ansiedade, medo e culpa. E mesmo diante de todas as dificuldades e mudanças de sentimentos as mães abandonam suas vidas cotidianas para estarem ao lado de seus filhos, muitas vezes transformando o hospital em seu lar. Contudo, esperamos que os profissionais de saúde que atuam nas UTIP desempenhem dignamente suas funções tanto para com seus pacientes como familiares, proporcionando tranqüilidade, reduzindo suas dúvidas, medos e ansiedade.