Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL DAS MULHERES VÍTIMAS DE HOMICÍDIO POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM FORTALEZA NO ANO 2010
Relatoria:
SANDRA HELENA DE MENEZES
Autores:
- NAZARETH HERMINIA ARAUJO DE SOUZA
- LUCIVANDA DE MENEZES RODRIGUES
- CRISLENE KELLY GUEDES LOPES
- LUCILIA MARIA NUNES FALCÃO
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO:A violência doméstica é considerada um problema de Saúde Pública, por sua magnitude de ocorrência no Brasil e por afetar a integridade física e mental, trazendo danos irreversíveis a vida da vítima. É caracterizada por diversas formas e, muitas vezes é acometida pelo parceiro.OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico da mulher vítima de violência METODOLOGIA:Trata-se de um estudo transversal retrospectivo com abordagem quantitativa realizado em delegacia especializada no atendimento exclusivo a mulheres, na cidade de Fortaleza-Ceará, no período de outubro a novembro de 2011. Os dados foram coletados em Boletim de Ocorrência, tendo como população em estudo mulheres (vítimas) e homens (agressor), no qual foi traçado o perfil sócio-demográfico de ambos. Foi utilizado o programa EpiInfo 3.5 para análise dos dados.RESULTADOS: No ano de 2010, ocorreram 14 registros de homicídios e tentativas de homicídio, sendo que 35,8% (5) foram homicídios e 64,2% (9) tentativas de homicídio. O mês em que ocorreram mais registros foi o mês de dezembro representando 21,4% (3) do total de ocorrências. As vítimas tinham entre 25 e 48 anos, com idade média de 35 anos (dp= 7,7161), profissão de doméstica (42.9%), com relação ao grau de instrução 28,6% possuía o ensino médio e 21,4% nível superior completo. Com relação aos boletins de ocorrências foram registrados o total de 23, existindo uma mulher que prestou 09 queixas contra a mesma pessoa. Quanto ao perfil traçado do agressor 92,9% exercia alguma ocupação, prevalecendo com 14,2% à profissão de pintor de parede, 36% estudou até o nível fundamental. A idade variava entre 27 e 58 anos, com idade média de 36,5 anos. Quase a metade dos agressores (42,9%) apresentou problemas com álcool/drogas e uma vítima também era usuária de entorpecentes. CONCLUSÃO: A violência, em todas suas formas, necessita de atuação intersetorial, interdisciplinar e multiprofissional que crie redes de atenção integral e de proteção social às vítimas. Nesse contexto, o conhecimento do perfil das vítimas e agressores, bem como a capacitação dos enfermeiros para atenção às violências, nos diversos níveis de atenção dos serviços de saúde, orientando a vítima quanto aos seus direitos é extremamente necessária para prestar uma assistência humanizada e resolutiva.