INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) tem o intuito de sanar a deficiência na formação dos estudantes de graduação, promovendo uma integração do ensino e serviço no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), local de atuação dos estudantes do PET-Saúde, as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) têm como princípios e diretrizes o desenvolvimento de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família. Essas equipes promovem e desenvolvem o atendimento na Unidade Local de Saúde, nos domicílios e na própria comunidade. É primordial para os profissionais da ESF conhecer o território de atuação, a área de abrangência da Unidade de Saúde para identificar como vivem, adoecem e morrem as pessoas. A partir dessas informações, as estratégias de promoção da saúde e atendimento são desenvolvidas. Os acadêmicos são inseridos nesse contexto de atuação das equipes das UBS, acompanhando e observando o trabalho realizado. OBJETIVOS: Apresentar o processo de territorialização como um instrumento de inclusão, ensino e prática do serviço, através da conexão com as necessidades de saúde de determinada população. METODOLOGIA: Visita realizada semanalmente, acompanhadas pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS), nos meses de Agosto de 2011 a Janeiro de 2012, à área específica, já mapeada pela UBS. Além do reconhecimento do território, foi acompanhada a agenda diária de visitas domiciliares realizadas pelo ACS, onde era realizada uma conversa para coletar informações sobre o estado do paciente e/ou orientar sobre algum serviço da UBS. RESULTADOS: Observou-se como resultados o entendimento do estudante sobre o território não sendo apenas um espaço ou local, mas como concretização da história, das relações econômicas, dos processos de trabalho e das diversidades da organização socioeconômica das sociedades; A percepção de que é baseado na dinâmica da realidade do território que as ações de saúde devem ser planejadas, executadas e avaliadas, devendo ainda buscar constantemente adequar-se às novas demandas impostas pelas mudanças e necessidades sócio epidemiológicas de cada território. CONCLUSÃO: Conclui-se que a territorialização atua de modo efetivo na inserção do estudante, futuro profissional, ao cotidiano e à realidade da comunidade, buscando assim uma mudança na atuação profissional, como a saída gradativa dos Centos de Saúde, visando à melhoria no atendimento da população.