Introdução: As doenças infecto-parasitárias e afecções respiratórias destacam-se enquanto principais causas de morbimortalidade infantil. As crianças mais susceptíveis a essas doenças são as que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômicas. Diante desse contexto, o projeto de extensão Criança 2000 desenvolve ações educativas como estratégia de minimizar os problemas enfrentados por crianças e adolescentes, justificando ser essa clientela parte de um contexto familiar social que necessita de orientação por parte dos órgãos competentes na ampliação de medidas eficazes e prevenção no controle de situações de riscos. Esse projeto desenvolve-se em parcerias entre o Serviço Social da Indústria (SESI) e várias instituições, dentre elas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte através do Departamento de Enfermagem. Objetivos: Relatar as experiências de alunos do Curso de Enfermagem durante a consulta às crianças no projeto de extensão Criança 2000/2012. Metodologia: Trata-se de relato de experiência das ações de consulta de enfermagem, em quatro municípios do Rio Grande do Norte. Tomou-se como publico alvo as crianças que foram atendidas no projeto com seus responsáveis na busca de soluções para os agravos acometidos por elas. Resultados: A consulta de enfermagem consistia em identificar os problemas de saúde das crianças, através da anamnese e exame físico específico. Os sinais e sintomas mais apresentados por grande parte da demanda eram tosse, coriza, dor abdominal, prurido, falta de apetite, constipação e diarreia. Dessa forma, as condutas eram voltadas para agravos como verminoses, resfriados, pediculose, escabiose e dermatites. Foi possível prescrever tratamentos alternativos, incluindo a fitoterapia e orientações sobre medidas terapêuticas caseiras e adoção de hábitos de vida saudáveis. Conclusão: Observa-se a importância de ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, como estratégia de minimizar os problemas enfrentados por essas crianças. Importante destacar que a maioria das pessoas atendidas relatou que há grande dificuldade no acesso aos serviços de saúde e não tem todas as áreas para atendimento a população. Isso contribui com o aumento dos agravos refletindo na qualidade da saúde da população e exige ações mais eficazes por parte dos gestores no resgate da cidadania. Por fim, a participação nessas atividades possibilita experiências na assistência qualificada, bem como orientação à população na busca de seus direitos.