O câncer na infância representa entre 0,5% e 3% de todas as neoplasias na maioria das populações. Nos EUA, constitui a segunda causa de mortalidade entre crianças e adolescentes e a sua incidência anual estimada é de sete mil novos casos. A Neoplasia corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais, o câncer infantil pode ocorrer em qualquer local do organismo. O BT auxilia no alívio da dor, desenvolve a capacidade da criança relacionar-se com o cuidador, permitindo-lhe que demonstre seus sentimentos quanto ao procedimento e ao ambiente a sua volta. Considerando que brincar é uma atividade inerente ao comportamento infantil e essencial ao bem-estar da criança, pois colabora efetivamente para o seu desenvolvimento físico/motor, emocional, mental e social, além de ajudá-la a dominar a realidade. Pode ser considerada como fonte de adaptação e de instrumento para formação, manutenção e recuperação da saúde. Assim, como as necessidades do seu desenvolvimento, a necessidade de brincar não para quando a criança adoece ou é hospitalizada. A criação ECA em 1990, as mudanças curriculares ocorridas nos cursos de graduação em enfermagem na última década e, recentemente, a Resolução 295/2004 do Conselho Federal de Enfermagem, apontam para a valorização dessa técnica pelos enfermeiros pediatras. Teve como objetivo destacar os trabalhos recentemente publicados acerca desse cuidado de enfermagem a essa população. Como método utilizou- se a revisão integrativa sobre o uso do BT para crianças com neoplasia. Através de levantamento de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde e nas bases eletrônicas de dados, selecionados por de critérios inclusão/ exclusão. Os resultados desse estudo oferecem contribuições no sentido de motivar os enfermeiros a utilização do BT a assistência da criança com neoplasia de modo sistemático a uma intervenção de enfermagem. Porém é preciso capacitação, preparo da equipe de enfermagem, além das instituições precisarem se adaptar em relação a sua infra-estrutura com a implantação de locais adequados para o seu desenvolvimento e a aquisição de materiais apropriados para o mesmo fim. Concluímos que o uso do BT na assistência permiti uma comunicação tornando os procedimentos menos assustadores, revertendo toda essa experiência em benefícios. Adicionalmente, julgamos importante a realização de estudos que enfoquem a vivencia do BT, para a sua implantação em diferentes cenários assistenciais.