A esquizofrenia é um transtorno de evolução crônica, caracterizado pela fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento e dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas, o que compromete a vida do paciente portador. Neste processo de sofrimento mental, o enfermeiro assim como demais profissionais da saúde, possui um papel primordial na medida em que envolve-se na atenção biopsicossocial deste indivíduo, de modo a proporcionar condições de atenção e cuidado que repercutam positivamente sobre o cotidiano de vida, conduzindo a melhor participação e condução do tratamento e suas respostas nos diferentes espaços de atenção. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, desenvolvido em unidade básica de saúde no Município de Cajazeiras – PB. A coleta de dados se deu durante visita domiciliária na residência do indivíduo, utilizando-se de entrevista semi-estruturada. Os dados foram organizados em forma de histórico e, a partir dele, foi utilizada literatura pertinente para elaborar o plano de intervenção. Foram respeitados os princípios éticos norteados pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde para estudos envolvendo seres humanos. Os resultados se organizaram nos seguintes momentos: 1) histórico do indivíduo; 2) tratamento medicamentoso e 3) plano de intervenção interdisciplinar. No histórico, foram agrupadas as informações: JSS, sexo feminino, 36 anos, com sintomas característicos de esquizofrenia, como: alucinações, agressividade acentuada, humor deprimido, delírio e ansiedade excessiva. Possui péssima relação com sua família, constituída por ela e dois filhos. Como agravante, é usuária de drogas. O diagnóstico estabelecido baseou-se na intensidade e duração de sintomas específicos de esquizofrenia e foi corroborado pelo extremo impacto ocasionado na vida. Quanto ao tratamento medicamentoso, a usuária está sendo tratada com a seguinte prescrição médica: Clonazepam (0,5mg) e Prometazina (25mg), ambos 2x/dia. Em geral, pelo fato da usuária fazer uso de drogas, este fator a motiva ao não seguimento do tratamento, o que a torna mais susceptível a não melhora clínica e sintomática. No plano de intervenção, orienta-se a inserção de medidas de abordagem psicossociais através do trabalho articulado entre os serviços da rede de saúde como UBS, CAPS, CRAS, além da rede comunitária de cuidados, oferecendo melhorias na qualidade de vida e saúde da usuária.