O nascimento de um bebê idealizado pelos pais durante a gestação é um momento de importantes mudanças e realizações. Após o nascimento, a separação do bebê de seus pais, devido a uma patologia gera uma situação de crise para toda a família, especialmente quando esse bebê é internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O enfermeiro, enquanto parte da equipe de saúde, deve prestar um atendimento individualizado e integral direcionado ao desenvolvimento do bebê e de sua família. Para que haja esse atendimento, é necessário que o profissional compreenda os instrumentos do seu trabalho e os utilize para produzir uma assistência de qualidade, no que diz respeito ao binômio mãe-neonato, fazendo-se necessário um envolvimento da equipe de enfermagem na inserção dos pais no processo de trabalho. Estes profissionais devem levar em consideração o bebê prematuro como sujeito e não como objeto de cuidado, respeitando-o como ser dotado de emoções e que possui sua própria individualidade. Este trabalho tem como objetivo analisar a assistência de enfermagem prestada ao recém-nascido prematuro na UTI Neonatal da Casa de Saúde Dix-Sept Rosado e a integração com sua família. Para a realização dessa pesquisa de abordagem qualitativa, foi utilizada a observação participante das cinco enfermeiras atuantes na UTI Neonatal, bem como a concepção de oito mães/acompanhantes sobre a assistência prestada pela enfermagem, a partir de uma entrevista semi-estruturada. Vale salientar que a pesquisa foi aprovada pelo comitê de Ética da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), parecer consubstanciado nº 063/09. Os dados colhidos foram analisados de acordo com a análise de conteúdo segundo a técnica de Bardin (1977). Os resultados mostraram a satisfação das mães/acompanhantes relacionada aos cuidados prestados pela equipe da saúde no ambiente da UTIN, desde o acolhimento tanto do bebê quanto da família; ao envolvimento destes profissionais na realização de uma assistência baseada nos princípios da humanização, integralidade da assistência e promoção do vínculo mãe-neonato, havendo intervenções ampliadas da equipe em tornar a família sujeito autônoma para promover à saúde e qualidade de vida do pequeno.