INTRODUÇÃO: A morte é a última fase do ciclo vital, Em nossa cultura, é cercada por mitos, mistérios e medos. Nem sempre estamos preparados para lidar com esta situação na vida profissional, pois lidar com a morte é algo que ultrapassa o conhecimento científico, sendo necessária sensibilidade para amparar a família e compreender a limitação humana. OBJETIVO: Relatar experiência de acadêmicas de enfermagem diante da morte e identificar estratégias necessárias para o enfrentamento da mesma. METODOLOGIA: Relato de experiência, construído no período de fevereiro a abril de 2012, no estágio curricular da Disciplina Enfermagem Clínica Geral e Cirúrgica I, ocasião que realizamos um estudo de caso clínico com implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem a um paciente que evoluiu para o óbito. RESULTADOS: A morte do paciente despertou-nos sentimentos de medo, insegurança, choro, incapacidade de lidar com a situação, vontade de desistir da profissão. Tínhamos o conhecimento básico de preparo do corpo, mas surgiram muitas questões relacionadas aos outros aspectos que envolviam a morte: “o que podíamos fazer diante do corpo sem vida?”, “como nos comportar perante os familiares daquele paciente?”, “quais as estratégias para minimizar a sensação de impotência diante da morte?”. Diante desta situação, resolvemos propor estratégias que favorecessem os acadêmicos de enfermagem a lidar com a finitude. As sugestões são: promover leituras de artigos, dissertações, teses e livros voltados para esta temática; realizar eventos e cursos, que abordem o tema de tanatologia; criar espaços de discussão sobre a morte desde o início da graduação; simular situações laboratoriais que permitam aos estudantes obter segurança para lidar com a situação da morte; realizar atividades simuladas de apoio aos familiares, ressaltando a aceitação da morte como parte do ciclo vital; promover vivências que facilitem a manutenção do equilíbrio emocional perante uma situação real. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A construção deste estudo nos fez perceber a necessidade de buscar estratégias de enfrentamento da morte de pacientes para acadêmicos de enfermagem. Consideramos que as sugestões descritas são essenciais para a formação dos futuros profissionais, a fim de elaborar ações que permitam melhorias na qualidade da assistência prestada ao corpo pós-morte, aos familiares nos aspectos emocionais e psicológicos e o aperfeiçoamento de atitudes e condutas adequadas diante da morte e do morrer.