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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
TESTE DE SIMULAÇÃO DE FALAR EM PÚBLICO: UM MODELO PSICOLÓGICO DE INDUÇÃO DA ANSIEDADE EXPERIMENTAL
Relatoria:
GABRIEL CHAVES NETO
Autores:
  • FLAVIA MAIELE PEDROSA TRAJANO
  • JOÃO EUCLIDES FERNANDES BRAGA
  • REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
  • LIANA CLÉBIA MORAES PORDEUS
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A ansiedade é uma vivência universal caracterizada como um estado emocional humano assim como o amor, o ódio, a raiva e a alegria. May (1980) definiu a ansiedade como uma relação existente entre a pessoa, o ambiente ameaçador e os processos neurofisiológicos decorrentes desta relação. Do ponto de vista fisiológico a ansiedade é um estado de funcionamento cerebral em que ocorre ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). A descoberta de fármacos com potencial terapêutico para ansiedade em sua forma de manifestação patológica envolve o desenvolvimento de pesquisas científicas que utilizam modelos animais e humanos de ansiedade. Os modelos humanos indutores de ansiedade constituem-se em elos fundamentais entre a pesquisa básica e testes terapêuticos realizados em pacientes. O modelo psicológico Teste de Simulação de Falar em Público (TSFP) é frequentemente empregado no estudo da ansiedade experimental e parte da premissa que falar em público provoca ansiedade para grande parte das pessoas. O objetivo do estudo é apresentar evidências acumuladas na literatura acerca do TSFP como modelo psicológico de indução da ansiedade experimental. Foi realizada uma revisão de literatura usando como fonte de pesquisa artigos indexados pela base de dados Pubmed, Medline e pesquisas em livros específicos que investigaram os principais modelos psicológicos de indução de ansiedade experimental. Proposto por McNair et al (1982) e modificado por Guimarães et al. (1987) este modelo consiste, fundamentalmente, em submeter o indivíduo a uma tarefa ansiogênica que se reflete em realizar um discurso de quatro minutos em frente a uma videocâmera e analisar, posteriormente, a performance do voluntário. Este modelo é frequentemente utilizado na área da farmacologia, para avaliação de novos fármacos. O emprego deste método permitiu a detecção de efeitos ansiolíticos de diversos compostos, entre eles o diazepam, lorazepam, comipramina e o canabidiol, um composto extraído da maconha. Os modelos de indução de ansiedade mostram como é possível gerar um estado emocional como ansiedade de modo controlado e sistematizado. A utilização destes modelos permite, no âmbito da pesquisa científica, compreender o substrato neurobiológico da ansiedade em sua manifestação patológica e avaliar drogas com potencial ansiolítico.