INTRODUÇÃO: A busca pela melhora do acesso dos homens aos serviços de saúde tem ganhado grande visibilidade após discussões acerca das questões gênero, das barreiras culturais envolvidas e do perfil epidemiológico da população masculina, bem como da negligência que esta parcela da população sofreu ao longo da construção de politicas públicas de saúde. Assim, no ano de 2008 houve o lançamento da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem. A referida política colocou as questões do homem em evidência, revelando os desafios para sua inserção nos serviços de saúde, em especial a atenção básica, principal porta de entrada ao sistema de saúde, que iniciou embora de forma tímida a busca por esse público, uma vez que sempre foi evidenciada sua atuação em ações direcionadas as mulheres sendo o homem ainda alvo de estratégias secundárias. OBJETIVO: Relato de experiência objetiva descrever a ausência de ações direcionadas ao homem na ESF, a partir da inserção de discentes na Unidade Básica de Saúde do Bairro João XIII, em Caicó-RN. METODOLOGIA: A partir da disciplina Enfermagem em Reprodução Humana ministrada no 6º período do Curso de Graduação em Enfermagem do Campus Caicó/UERN buscou-se inserir os alunos da ESF do município de Caicó-RN. Para a concretização desse trabalho utilizou-se visitas à unidade básica de saúde, realização de consulta de enfermagem no pré-natal e conversas com a enfermeira. RESULTADOS: Assim, foi possível identificar a falta de educação permanente para os profissionais de saúde para e execução da PNAISH. Percebeu-se que o homem não frequenta a unidade junto a sua companheira durante o período gestacional, nem para outra ação de prevenção e/ou promoção do processo saúde-doença incluindo as específicas de sua condição de homem e trabalhador. E que a mulher apresenta-se como mediadora entre o serviço de saúde e o homem revelando a predominância das questões de gênero e poder nas práticas de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. CONCLUSÃO: Diante disso, faz-se necessário estimular a inserção do homem nos serviços de saúde a partir de ações que permitam sua autonomia tornando-o co-partícipe no processo saúde/doença, além de buscar estratégias que valorizem sua singularidade e seus aspectos econômicos e sociais, proporcionando a melhoria da sua condição de saúde.