O solo pode ser responsável pela transmissão de inúmeras zoonoses, principalmente quando o local é compartilhado por animais e pessoas como parques e praças públicas. É comum o acesso de cães e gatos a esses locais, onde geralmente depositam suas fezes, tornando alta a probabilidade de contaminação do solo por ovos e larvas de helmintos. O solo, com relação aos helmintos parasitas, se comporta como um hospedeiro intermediário. Recebe fezes ou água contaminada por parasitas em estágios não-infectantes, oferece-lhes condições para o desenvolvimento, os protege durante certo tempo na fase infectante para, posteriormente, transmiti-lo ao homem. O presente trabalho tem como objetivo apresentar os parasitos que possuem potencial de transmitir doenças aos seres humanos, encontrados em parques e praças públicas, por meio de revisão. Para coleta de dados, o método utilizado foi levantamento bibliográfico através da busca eletrônica de artigos da base de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online), a partir dos descritores: parasitologia, zoonoses. Critérios de inclusão: periódicos completos; publicados entre 2007-2012; idioma em português. Foram encontrados 22 artigos na base de dados que inter-relacionaram os descritores e, aprofundando a busca, verificou-se a metodologia em praças e parques públicos. Foram encontrados trabalhos de todas as regiões do Brasil. As amostras do solo dos parques e praças públicas foram coletadas e analisadas por diversas técnicas parasitológicas; como métodos de Willis-Mollay (com cloreto de sódio), de Rugai adaptado, de Willis e Caldwell, de Caldwell e Caldwell (adaptada por Corrêa), Baermann modificado e Faust. A prevalência de áreas contaminadas variou entre 17 a 93%. Foram encontrados os seguintes gêneros de parasitos: Ancylostoma sp., Toxocara sp., Trichuris sp., Ascaris sp. e Capillaria sp. Foram observados, nas amostras contaminadas, parasitos com potencial zoonótico, entre os quais estão os agentes etiológicos de doenças como a larva migrans visceral e cutânea, fato que representa risco a saúde da população que frequenta tais ambientes.