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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO DAS VÍTIMAS DE TRAUMAS POR ACIDENTE COM MOTOCICLETA INTERNADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Relatoria:
DIêGO AFONSO CARDOSO MACêDO DE SOUSA
Autores:
  • ANA LARISSA GOMES MACHADO
  • Lorena Sousa Soares
  • Grazielle Roberta Freitas da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
Todos os anos, milhares de pessoas morrem ou ficam incapacitadas em decorrência dos acidentes de trânsito. Este trabalho teve como objetivo caracterizar as vítimas de trauma por acidente com motocicletas internadas em um hospital público. Tratou-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um serviço de emergência situado no município de Picos (PI). A população constou de 80 vítimas de acidentes de motocicletas, com dados coletados nos meses de novembro de 2010 e de fevereiro, abril e maio de 2011. A coleta de dados ocorreu a partir da aplicação de um instrumento individual, previamente elaborado, contendo algumas variáveis, tais como: sexo, idade, nível de instrução, atividade do motociclista durante o acidente, por quem foi socorrido, disposição geográfica da ocorrência, horários prevalentes, categoria (habilitado ou não habilitado), lesões ocorridas, uso de álcool e capacete. Os resultados mostraram que, quanto à caracterização das vítimas, houve predominância do sexo masculino com 71 (88,8%) casos, com idade entre 18 e 29 anos, 54 (67,5%) eram procedentes da macrorregião de Picos, 32 (40,0%) possuíam ensino fundamental incompleto, 43 (53,8%) eram solteiros e 44 (55,0%) não possuíam renda financeira mensal. Quanto às características do acidente, 57 (71,2%) ocorreram predominantemente nas cidades circunvizinhas a Picos, 20 (25,0%) no sábado, 60 (75,0%) diurnamente, 29 (36,2%) ocorreram entre as 12 e 18 horas, 35 (43,8%) no trajeto para casa e a metade foi socorrida por populares. De acordo com às variáveis de risco para o acidente, a maioria não possuía carteira nacional de habilitação (CNH) e não utilizava capacete, grande parte não havia ingerido álcool e 46 (57,5%) disseram não ter sofrido acidentes anteriores. De acordo com as sequelas e sua localização, quase a totalidade apresentou sequelas temporárias, as regiões corpóreas mais atingidas foram os membros inferiores em 45 (56,2%) casos e 64 (80,0%) das lesões foram fraturas. Concluiu-se que para estas vítimas, a idade, o sexo, o dia da semana, a escolaridade, o estado civil, a procedência, o não porte de CNH e o uso de álcool, sinalizam tanto para o risco de ocorrência desses eventos, quanto para a maior gravidade das lesões. Nesse contexto, a enfermagem pode realizar de programas de prevenção de acidentes e a promoção de saúde aos acidentados para, assim, minimizar o número de sua ocorrência e as repercussões para os indivíduos e para a sociedade.