A educação em saúde a partir do uso de tecnologias leves em saúde mental como estratégia de cuidado pode utilizar meios pautados nas representações culturais reconhecidas e ditas como importantes pelos usuários e comunidade tais como: atividades lúdicas, teatro, músicas, danças, jogos, entre outras manifestações artísticas e culturais. Objetivou-se neste estudo relatar os benefícios da aplicação de tecnologias leves, na forma de dança e música, como instrumento de promoção da saúde e do cuidado de pessoas com transtorno mental. Trata-se de um relato de experiência de alunos da disciplina de Saúde Mental da Universidade Federal do Piauí na construção de atividades Lúdicas: (Dança, Música) como prática alternativa do cuidado. Os usuários participaram de uma competição educativa de melhor dançarino e voz, onde todos foram premiados com quites de higiene bucal. A atividade foi pensada a fim de incentivar o cuidado em saúde bucal, aumentarem os vínculos sociais, diminuir conflitos que são rotineiramente incididos no ambiente e estimular o relacionamento interpessoal do grupo. As atividades foram realizadas no período de maio a junho de 2011, no Centro de Atenção Psicossocial do município de Floriano-PI. Os resultados demonstraram que, após as oficinas houve uma maior interação, companheirismo, respeito e diálogo entre os participantes. No que diz respeito aos riscos da não higienização bucal, eles compreenderam que as suas ações influenciam no padrão de saúde, portanto, houve a inserção de maneira consciente no processo de autocuidado uma vez que se conheceram como protagonistas do processo de cuidado. Conclui-se diante dos resultados que o uso de tecnologias leves como instrumento de promoção da saúde é capaz de suscitar mudanças de atitude e de habilidades. Os trabalhadores da saúde podem usar estes artefatos como solução criativa e estratégia de cuidado, constituindo um conjunto de saberes e práticas orientadas para a prevenção de doenças e promoção de saúde como meios promotores e protetores da saúde mental, além de constituir alternativas para a monotonia viabilizada pela escassez de recursos físicos, estruturais e até mesmo humanos que permeiam as atividades dos profissionais de saúde nos Centros de Atenção Psicossocial.