Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
ATIVIDADES DE VIDA DIáRIA NO CONTEXTO DA SíNDROME DA FRAGILIDADE EM IDOSOS
Relatoria:
EDMARA TEIXEIRA OLIVEIRA
Autores:
- Maria Josefina da Silva
- Maria Eliana Peixoto Bessa
- Cíntia Lira Borges
- Bruna Michelle Belém Leite
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Durante a velhice é essencial o estímulo á autonomia e independência, especialmente por parte dos profissionais que compõem a equipe de enfermagem. Muitos idosos, principalmente os frágeis, apresentam declínio da capacidade para realizar as atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVDs e AIVDs), contribuindo para o aumento da dependência de outras pessoas, hospitalizações, internações em instituições de longa permanência e morte. A partir desse contexto objetivou-se identificar a relação entre a presença de fragilidades e a dependência para realização das atividades instrumentais de vida diária em idosos em uma comunidade do município de Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no período de outubro a dezembro de 2010. A pesquisa ocorreu nas dez unidades básicas de saúde da família da Secretária Executiva Regional I do município de Fortaleza. A amostra foi constituída de 380 idosos entrevistados na própria unidade ou no domicílio. Os dados foram coletados por formulários semi-estruturados de dados socioeconômicos e de saúde, pela Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE) e por um instrumento com dados relativos aos fatores determinantes do envelhecimento ativo, segundo a proposta da Organização Mundial da Saúde. Esse estudo faz parte de uma pesquisa maior intitulada: “Conhecendo os idosos frágeis do município de Fortaleza: aplicação da Escala de Fragilidade de Edmonton”. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, seguiu os princípios éticos da resolução n° 196/96, sendo aprovado conforme protocolo do COMEPE 164/10. Foi observado que dos 238 (62,6%) idosos que precisavam de ajuda em 1 ou 2 AIVDs, 118 (49,6 %) apresentavam algum grau de fragilidade. Dos 99 (26,1%) que necessitavam de auxílio em 2 a 4 atividades, 90 (90,9%) apresentavam-se frágeis em algum nível. Já dos 43 (11,3%) idosos que precisavam de assistência em 5 a 8 atividades, todos apresentavam fragilidade em algum grau. A observação precoce do enfermeiro dos sinais clínicos do declínio funcional e da síndrome da fragilidade e a necessidade de avaliação funcional periódica da pessoa idosa por uma equipe multiprofissional é de extrema importância a fim intervir a tempo para manutenção da autonomia e independência do idoso, permitindo que este seja sujeito cognoscente do seu cuidado.