Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
SEXUALIDADE DAS PESSOAS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM
Relatoria:
LIANA OSORIO FERNANDES
Autores:
- Fernando Sérgio Pereira de Sousa
- Carla Lorenna Ferreira de Albuquerque
- Cerábia Maria Lessa Carvalho
- Luzicleia Tavares de Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A atuação da Enfermagem tem como eixo principal a prestação de serviços pautados na prevenção e promoção da saúde. É ela quem primeiro identifica as necessidades do cliente. Porém quando se remete à questão da sexualidade das pessoas em sofrimento psíquico a situação toma outra direção. Nesse sentido Alves et al 2010 afirma que o enfermeiro quando se depara com a sexualidade dessa clientela considera primordialmente como uma manifestação patológica e acaba por reduzir as ações prestadas para com estes pacientes, que se tornam vítimas de uma visão não global e não individual. Partindo-se desse pressuposto, verifica-se a necessidade de pesquisar sobre a atenção a saúde sexual que é proporcionada a esse publico no que diz respeito às medidas de promoção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Trata-se de uma investigação bibliográfica onde foram selecionados 10 artigos de periódicos indexados no LILACS, MEDLINE e SCIELO, a partir dos descritores: enfermagem, sexualidade e saúde mental. Foram utilizados como critérios de inclusão: periódicos como veículos de publicação no período entre 2002-2012; idioma de publicação em português e aqueles que tinham como objetivo de investigação da sexualidade das pessoas em sofrimento psíquico e atuação do profissional enfermeiro. Evidenciou-se que os profissionais de Enfermagem demonstram dificuldade em lidar com a temática da sexualidade, pela não compreensão do desejo sexual em clientes com transtorno mental, o que acaba por tornar o mesmo vitima de atuação preconceituosa, sofrendo repreensões tanto por medicações quanto por queixas pelos profissionais, e isso acontece por não estarem preparados para lhe dar com essa situação e ao se depararem possuem uma escassez de capacitação em realizar uma abordagem profissional por não entenderem que a sexualidade pode ser expressa por uma manifestação não patológica. É fundamental que a Enfermagem busque disponibilizar novas formas de atuação frente à orientação sexual das pessoas com transtornos mentais, como por exemplo, a realização de oficinas e efetivação de produções cientifica que tenha como objetivo nortear quanto ao discernimento de uma manifestação sexual fisiológica e patológica, e que sirva de orientação para a realização de uma abordagem adequada quanto à temática explorada. Para que essas informações sejam empregadas numa visão integral e que o planejamento das intervenções de prevenção e promoção da saúde ocorra pautado na concepção psicossocial.