Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO DA FEMINIZAÇÃO DA AIDS EM TRÊS LAGOAS (MS)
Relatoria:
MARIA ANGELINA DA SILVA ZUQUE
Autores:
- Andressa Marques Ferreira
- Fabricia Tatiane da Silva Zuque
- Flávia Renata da Silva Zuque
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) surgiu a mais de 30 anos na África, e logo se transformou numa pandemia. Inicialmente uma doença associada principalmente aos homossexuais adultos, usuários de drogas injetáveis e hemofílicos devido a sua forma de transmissão através da relação sexual e uso de seringas contaminadas. No decorrer da epidemia observa-se que a transmissão heterossexual apresenta curva ascendente e aumentando a transmissão entre as mulheres, ou seja, a razão de masculinidade vem diminuindo e em algumas regiões brasileira é igual a um. Esta situação é denominada por alguns autores de feminização da aids. Objetivo: Foi identificar e descrever o número de mulheres maiores de 18 anos residentes em Três Lagoas vivendo com HIV/aids no período de 1988 a julho de 2010. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, descritivo baseado em levantamento de dados secundários do banco de dados do SAE/DST/Aids de Três Lagoas, Resultados: A faixa etária mais acometida no período foi de 20 a 29 anos (38%) seguida de 30 a 39 anos (32%). A maior categoria de exposição ao vírus do HIV, foi o parceiro HIV+ com 57,9% seguido da exposição a múltiplos parceiros 25% e Parceiro HIV+ e múltiplos parceiros 15.8%. Em relação às drogas 9,2% são usuárias sendo 7,2% usuárias de drogas injetáveis e 2,0 % de drogas inaláveis. Quanto à escolaridade a maior freqüência foi do ensino fundamental incompleto seguido do ensino médio incompleto. A maioria delas possui renda familiar em torno de um salário mínimo. Caracterizando a pauperização da doença. No período foram registrados 50 óbitos, 17 abandonos e oito transferências. A razão de masculinidade em 1988 foi de 1:1, atingindo o maior valor 5,3:1 em 1992. Esta diferença vem decrescendo e em 2010 tem-se 1:1. Esta razão passa de 3,5/1 para 1,7/1 no período pré-TARV e pós-TARV respectivamente. Conclusão: Três Lagoas vive situação semelhante a grandes metrópoles do Brasil, pois a razão entre homens e mulheres vivendo com HIV/aids vem diminuindo a cada ano confirmando a feminização e interiorização do Vírus da Imunodeficiência Adquirida e da aids.