INTRODUÇÃO: A violência tem merecido lugar de destaque entre as preocupações cotidianas, gerando políticas governamentais em diversos países do mundo. Diante deste fenômeno, encontra-se a violência contra a mulher, que pode se manifestar sob diferentes formas e circunstâncias (Santi et al.,2010). A Lei Maria da Penha defini violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Estudos mostram que mulheres em situação de violência procuram pelos serviços de saúde mais do que as que não se encontram nessa circunstância. Assim, esse setor tem importante papel no enfrentamento da violência familiar (Saliba et al., 2007). OBJETIVO: Identificar atuação dos serviços de saúde no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher. METODOLOGIA: Revisão de literatura na base de dados do Scielo. Foram encontrados 22 artigos com a temática violência doméstica contra a mulher, 6 foram selecionados por abordarem a atuação dos serviços de saúde às mulheres vítimas de violência. RESULTADOS: A atenção primária merece destaque quando se trata de ações referentes à violência contra a mulher, por ter grande ênfase nas ações de promoção e prevenção de saúde e aumento de cobertura e incremento recente, valorizando a ida ao domicílio através da crescente implantação da Estratégia Saúde da Família (D’Oliveira et al.,2009). Os serviços de saúde, no geral, não estão equipados para diagnosticar, tratar e contribuir para a prevenção de tal violência. A maioria não conta com profissionais treinados no reconhecimento dos sinais dessa ocorrência, principalmente de caráter insidioso (Monteiro et al.,2006). Quanto à assistência, nota-se que o profissional de saúde cria uma fragmentação da ação e do objeto de trabalho, reduzindo a abordagem aos saberes biomédicos desarticulada do contexto biopsicossocial (Santi et al.,2010). CONCLUSÃO: A atuação dos serviços de saúde no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher ainda é tímida. Em geral, focam apenas as lesões corporais e patologias, raramente se empenhando em prevenir ou diagnosticar a origem das injúrias. Ao atendê-las, os profissionais devem estabelecer uma escuta responsável, livre de julgamentos, oferecendo-lhes apoio e esclarecimento. Faz-se necessário que os serviços de saúde trabalhem de forma articulada com outros serviços, para que essa mulher tenha suas necessidades atendidas.