O câncer de mama se configura no cenário atual como o de maior ocorrência entre as mulheres e o segundo mais frequente no Brasil e no mundo, revelando-se um importante problema de saúde pública. A estimativa prevista de casos novos é de cerca de 52.680 em 2012, com um número de mortes em torno de 12.098. Acredita-se que o aumento dessa patologia seja o estilo de vida da sociedade atual, associado a diversos outros fatores. Tal fato é preocupante, pois apesar de a doença ter um bom prognóstico, ainda é elevado o número de mortes principalmente, por na maioria das vezes, haver falhas no rastreamento precoce culminando em diagnóstico tardio inviabilizando o tratamento conservador. Nesse contexto, estratégias educativas constituem uma importante ferramenta para identificação de casos novos, ou até mesmo, para o estímulo do auto-cuidado. Objetivamos relatar a experiência de acadêmicas durante a elaboração e o desenvolvimento da educação em saúde sobre câncer de mama com pacientes em sala de espera. O seguinte trabalho tem como método o relato de experiência. Foi desenvolvida uma educação em saúde com 20 pacientes em sala de espera de um Centro de Saúde da Família de Fortaleza-CE, proposta da disciplina de saúde da mulher de uma universidade do município, no mês de Março de 2012. A atividade iniciou-se através de questionamentos sobre a patologia no intuito de estabelecer o nível de conhecimento das participantes, em seguida realizou-se uma demonstração através de um banner elaborado pelas acadêmicas contendo imagens da anatomia da mama, bem como demonstração da técnica de realização do autoexame, seguida de uma explanação sobre aspectos inerentes a patologia. A atividade teve duração de aproximadamente trinta minutos. Apresentamos como resultados, a efetividade da estratégia, pois se obteve participação das pacientes, sendo percebido forte interesse pela temática, onde foram esclarecidas dúvidas. Sobre este aspecto é relevante enfatizar que foi percebida a predominância de mitos sobre a doença, como por exemplo, que não tem cura, que a mamografia é dolorosa e causa lesão. Assim, concluímos que a metodologia aplicada foi eficaz, pois gerou um ambiente confortável para o aprendizado e para elucidações de dúvidas das participantes.