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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
RELAÇÃO ENTRE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DIARREIA E ENTEROPARASITOSES EM CRIANÇAS COM MENOS DE UM ANO
Relatoria:
LEVITEMBERG DA COSTA ALMEIDA MORAES
Autores:
  • Laryssa de Sousa Tôrres
  • Jens Georg Neto
  • Givaldo Alves de Sousa
  • Lauro Cesar de Morais
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As parasitoses intestinais ainda constituem um grande problema de saúde pública, sobretudo nos países em desenvolvimento. A criança é o principal alvo e é nela que as repercussões das parasitoses tornam-se significativas. Todavia, trabalhos sobre o parasitismo intestinal em menores de um ano são escassos. O objetivo desta pesquisa foi verificar a relação entre hospitalizações por diarreia e enteroparasitoses em crianças menores de um ano de idade, por meio de revisão. Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo. A pesquisa foi realizada no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde, sendo os critérios de inclusão: artigos que abordem o tema, descritores “parasitos”, “hospitalização” e “diarreia infantil”, idioma português e disponíveis na íntegra. Foram encontrados 57 artigos; entretanto, relacionados à enteroparasitoses, apenas 12; publicados entre 1998 e 2011. Enteroparasitoses e doenças respiratórias foram as principais causas de internações de crianças com menos de um ano. A prevalência das hospitalizações relacionadas à enteroparasitoses era de crianças do sexo masculino e entre seis a sete meses de idade. A duração da hospitalização variou de quatro a 77 dias e sua média foi 28 dias. O tempo de hospitalização foi significativamente maior entre as crianças com graus mais severos de desnutrição. A duração do processo diarreico foi, em média, de 52 dias, com o número médio diário de evacuações igual a cinco. Houve associação entre as hospitalizações por diarreia e presença de agentes potencialmente patogênicos. Os parasitos identificados nos exames coproparasitológicos destas crianças foram Giardia sp., Cryptosporidium sp. e Ascaris lumbricoides. Poucas foram as internações foram encaminhadas à UTI. A taxa de letalidade hospitalar por diarreia foi de 0,7%, sendo este indicador inversamente associado à idade da criança internada. A população infantil reflete bem o grau de contaminação, por tratar-se de indivíduos com pouca capacidade de deslocamento e maior vulnerabilidade. O aleitamento materno exclusivo é fator de proteção para as doenças diarreicas, pois além do valor nutricional, o leite materno é isento de impurezas e fornece elementos de defesa contra infecções. Contudo, analisando esse fator em conjunto com as condições ambientais, percebe-se que a chance de haver contaminação no preparo das mamadeiras é considerável e que o aleitamento materno exclusivo poderia, no mínimo, reduzir a exposição dessas crianças aos enteroparasitos.