INTRODUÇÃO: A gestação é um evento complexo, período onde grandes expectativas são geradas. As mães, especialmente quando primíparas, sentem dificuldade em relação aos cuidados primários com o recém-nascido (RN), dentro desse contexto, a visita domiciliar como recurso educativo é de fundamental importância para o enfermeiro, pois através dela a realidade da população pode ser conhecida e os fatores considerados limitantes podem ser trabalhados. OBJETIVOS: Compreender a realidade do binômio mãe-filho, através da visita domiciliar e atuar de forma educativa diante destas dificuldades. METODOLOGIA: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvido com 10 participantes, integradas no espaço “Vida Feliz” do MISCOM-Movimento Integrado de Saúde Comunitária, uma Organização não governamental (ONG), na periferia da Cidade de Fortaleza – CE. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2011, através de visitas domiciliares. Por se tratar de estudo envolvendo seres humanos, foram seguidos os princípios bioéticos previstos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade de Fortaleza – UNIFOR, pelo parecer N° 270/2011. RESULTADOS: Conhecer o ambiente onde o binômio mãe-filho está inserido é uma ação essencial para a real intervenção no processo saúde-doença, bem como para a compreensão das atividades educativas mais eficazes para esta população. Através das visitas domiciliares realizadas foi possivel identificar alguns fatores importantes, sendo um deles a condição sócioeducacional; as mães participantes afirmaram ter dificuldade em compreender alguns dos conceitos lançados pelos profissionais, um exemplo bastante citado foi o termo Aleitamento Materno Exclusivo, onde a palavra exclusivo não ficava clara para elas, aliado a essa situação ainda contribuía a pressão familiar para oferecer outros alimentos, assim estas mães inseguras acabavam ofertando outros alimentos ao RN. Outro fator relevante observado é a limitação financeira, pois muitas das participantes moravam em casas com estruturas precárias, abafadas e que ofereciam poucas condições de higiene. Dessa forma, identificados os problemas os profissionais puderam construir momentos educativos dentro cada realidade, ensinando e mostrando novas opções para estas familias. CONCLUSÃO: Por conseguinte, percebe-se que a compreensão da realidade da população é essencial para o desenvolvimento de estratégias educativas.