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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
CORRELAÇÃO ENTRE GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA DE PORTADORES DE HANSENÍASE COM AS VARIÁVEIS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS
Relatoria:
CINTIA DANIELE MACHADO DE MORAIS
Autores:
  • CAIUS CESAR ARAÚJO MELO
  • THAÍSA GOIS TRINTA ABREU
  • THAÍS MARQUES MOREIRA
  • LUCIAN DA SILVA VIANA
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é doença sistêmica infecto-contagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, com tropismo pelos nervos periféricos. A transmissão está relacionada a fatores individuais, diagnóstico e tratamento, além de fatores sociais e demográficos, evidenciados pelo frequente número de casos de hanseníase em áreas de grande concentração de pessoas em condições sócio-econômicas desfavoráveis. Os principais problemas decorrentes da hanseníase são as deformidades e as incapacidades físicas. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir com diferentes tipos e graus de incapacidades físicas. OBJETIVO: Elaborar uma revisão de literatura referente à correlação entre incapacidade física de portadores de hanseníase com as variáveis sócio-demográficas.METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, com investigação em bancos de dados: Bireme, Google Acadêmico e Scielo com publicações no período de 2000 a 2012. RESULTADOS: Os artigos selecionados apontaram maior freqüência do sexo feminino com grau de incapacidade 0 e no sexo masculino apresentou grau 1. O grau de incapacidade 2 apresentou maior freqüência na faixa etária de 15 a 59 anos, ou seja, as pessoas em idade produtiva. Dentre as profissões, as mais acometidas por incapacidades físicas foram a de doméstica e estudante. É importante ressaltar que esta variável não caracteriza os menos favorecidos, ou de baixa escolaridade, visto que profissionais com ensino superior completo também fizeram parte deste estudo. Os resultados relativos à cor, mostraram que o grau de incapacidade 2 é maior na cor parda, devido a grande miscigenação encontrada em nosso país. Quanto aos registros do grau de incapacidade no início do tratamento, notou-se uma predominância do grau 0. A presença de grau de incapacidade I ou II no momento do diagnóstico pode indicar uma procura tardia ao serviço de saúde, sendo que em alguns casos de grau II, torna-se difícil reverter os quadros de incapacidades físicas e deformidades. CONCLUSÃO: Sabendo que no Brasil a hanseníase é considerada como um grande problema de saúde pública, esta revisão bibliográfica foi capaz de mostrar que ainda há um número significativo de pacientes diagnosticados de forma tardia, visto pela frequência de algum grau de incapacidade. Destaca-se a necessidade de permanente processo de autocuidado e avaliação contínua dos pacientes com hanseníase a fim de prevenir e evitar o agravo das incapacidades físicas já instaladas.