Introdução: O ser humano por natureza está em constante interação no contexto social em que vive, havendo uma interação de valores que trazem consigo. Dentre todos os valores vale ressaltar o direito que o indivíduo tem a sua privacidade. É comum de alguma forma o enfermeiro invadir a privacidade do paciente para realizar o cuidado em enfermagem; porém para o paciente a condição de enfermidade gera um sentimento de incapacidade comprometendo a independência do paciente implicando no sentimento de insegurança. Objetivo: Refletir as questões éticas relacionadas invasão de privacidade do paciente para a reflexão dos profissionais de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e reflexivo da conduta ética dos profissionais de enfermagem em relação à privacidade dos pacientes, cujas fontes foram constituídas nas bases de dados Scielo. Resultado: Nas condições de enfermidade o indivíduo é submetido a diversos procedimentos que acabam invadindo o espaço pessoal, a privacidade além de ser necessária é um direito, com o profissional de enfermagem lida diretamente com o paciente é imprescindível que a conduta da enfermagem preserve esse direito. A enfermagem pode utilizar de artifício para preservar o paciente como a utilização de biombos, cobrir certas partes do corpo na hora de procedimentos ou até mesmo a retirada de familiares ao realizar o cuidado como forma de proteção, como um gesto de respeito. Os estudos também apontam à comunicação como um veículo que facilita o resguardo da privacidade uma vez que será promovida a educação e orientação. Por vezes o enfermeiro ao tocar o corpo do paciente sem pedir autorização acaba adotando uma postura de poder e o paciente, por sua vez, pode demonstrar certo constrangimento e vergonha, porém pouco questiona por acreditar que se faz necessário para sua recuperação. Conclusão: O processo de cuidar requer dedicação respeito e principalmente reponsabilidade, o enfermeiro precisa demonstrar segurança para um melhor relacionamento interpessoal com uma assistência individualizada. É importante que o enfermeiro, enquanto um ser cuidador, reflita sua postura ética e sua conduta demonstrando preocupação com a individualidade e intimidade do paciente.