A sexualidade é uma dimensão importante na vida do ser humano, pois ela é um elemento determinante nas relações sociais. O comprometimento da mesma por algum fator decisivo e imutável, como o HIV/AIDS, limita a condição do indivíduo de superar a representação do estigma contido na doença. Considerando que viver com HIV/AIDS está permeado por situações de medo, angústia e incertezas, a pessoa que vive com essa doença, muitas vezes limita suas possibilidades de acesso aos meios de proteção, promoção e assistência e acaba enfrentando de forma negativa sua vida sexual. O estudo teve como objetivo, relatar como as pessoas que vivem com HIV/AIDS expressam e vivenciam a sua sexualidade. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada numa Instituição Filantrópica localizada na cidade de Teresina – PI que presta assistência solidária ajudando pessoas que vivem com o HIV/AIDS na condução do seu tratamento e na melhoria de sua qualidade de vida. Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada, gravada em aparelho de mídia digital e posteriormente transcrita na íntegra para a análise. Emergiram as categorias: Vivendo a sexualidade antes do diagnóstico do HIV; Vivendo a sexualidade após o diagnóstico do HIV; Fatores intervenientes para a vivência da sexualidade após o diagnóstico do HIV. Percebeu-se que apesar de continuarem mantendo ativas suas vidas sexuais e afetivas, os sujeitos desse estudo ainda carregam consigo sentimentos de preconceito, medo, discriminação e angústia. É importante compreender os problemas que envolvem a situação afetivo-sexual dos indivíduos que vivem com HIV/AIDS, pois assim podemos abranger todo seu contexto, procurando uma assistência não somente à doença, mas ao indivíduo como um todo, ajudando-os a encarar essa condição sorológica, levando em conta que são seres humanos e que possuem necessidades.