Cuidado paliativo consiste na assistência integral prestada aos portadores de doenças incuráveis quando os tratamentos disponíveis não são eficazes, visando minimizar a dor, preservando a qualidade de vida para a finitude digna e que um familiar pode muitas vezes assumir os cuidados paliativos, por possuir características de proximidade e de convivência. Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no cuidado paliativo à paciente fora de possibilidades terapêuticas. Utilizou-se como metodologia a realização de visita domiciliar a paciente e leituras sobre a temática. Através da disciplina Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem ofertada no 5º período do Curso de graduação em Enfermagem Campus Caicó/UERN realizou-se aulas práticas na Unidade Básica de Saúde da Família Santa Costa do município de Caicó- RN. Nesse sentido, foram realizados anamnse, exames físicos, curativos nas úlceras de pressão, utilizando o óleo de girassol, orientação quanto à mudança de decúbito, alimentação e banho no leito. Percebe-se que o paciente fora de possibilidades terapêuticas traz mudanças e conseqüências à família e às pessoas de seu convívio, pois desde o diagnóstico com morte anunciada, passam juntas por fases distintas e variáveis entre pessoas. Assim o doente precisa ser visto como um sujeito presente, que não se limita apenas a uma patologia e a um leito. Por isso os cuidadores têm que dispertar para a sensibilidade humana colocando-se a serviço e no lugar do outro, levando-nos a repensar e refazer atitudes, tendo em vista sempre o melhor para o paciente. Admitir que apenas porque não há cura e que o paciente se encaminha para o fim da vida, não significa que não há mais o que fazer. Ao contrário, surgem inúmeras possibilidades a serem oferecidas ao paciente e sua família, com sua autonomia, suas escolhas e desejos. O cuidar de pacientes fora de possibilidades terapêuticas exige muito mais do que conhecimentos técnico-científicos, requer a compreensão a fundo de sua individualidade, a partir de um relacionamento inter-pessoal de valorização da pessoa humana, contribuindo consequentemente, com o processo de humanização do cuidado. Conclui-se que a família é um grande aliado no cuidado integral ao ser humano, pois garante melhor qualidade de vida ao paciente.