Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
VIOLÊNCIA SEXUAL FRENTE À CONDUTA DO PROFISSIONAL DA SAÚDE: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
MARIA CAROLINE ALMEIDA MAGALHÃES
Autores:
- Mirna Albuquerque Frota
- Caroline Soares Nobre
- Ivna Silva Andrade
- Valdênia Chaves Maia
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A violência sexual em crianças é um fenômeno complexo que causa consequências inúmeras. A violência sexual pode ser realizada de diversas formas e níveis de gravidade. Variam desde atos sem existir contato físico (comentários e elogios sedutor, assédio, exibicionismo), aos diferentes atos com contato físico. OBJETIVO: Realizar a revisão integrativa acerca da conduta do profissional da saúde frente à violência sexual infantil. METODOLOGIA: O estudo foi elaborado por meio de uma revisão integrativa, por meio do levantamento bibliográfico nos bancos de dados Lilacs (Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Realizou-se o cruzamento dos descritores: violência sexual, criança e profissional da saúde. Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: artigos nacionais que abordem a temática violência sexual. No entanto, optou-se por excluir os estudos publicados antes de 2007, dessa forma, a amostra foi composta por 12 artigos. Os dados foram analisados, segundo o conteúdo, pela estatística descritiva, identificou-se após a leitura as categorias: Dificuldades enfrentadas pelos profissionais na identificação e notificação da violência sexual e Qualificação do profissionais nas ações frente a violência sexual. RESULTADOS: Os profissionais da saúde dão mais atenção às lesões físicas, raramente estão empenhados no diagnóstico ou prevenção do acontecido. A notificação é obrigatória, contribuindo como instrumento de proteção e defesa dos direitos de crianças vítimas, e subsidia a elaboração de políticas públicas. A negação dos familiares sobre o abuso sexual, a escassez de regulamentos que firmem os procedimentos técnicos, o receio de se envolver em questões judiciais ou de sofrer ameaças do agressor são fatores que dificultam o ato de notificar. CONCLUSÃO: Fica evidente que o diagnóstico precoce da violência sexual infantil previne outras ocorrências, além de minimizar as consequências. Para se criar um sistema de notificação é preciso incorporar o procedimento à rotina das atividades dos órgãos de atendimento às vítimas, sensibilizar profissionais de saúde para compreenderem o significado e as consequências dos maus-tratos para o desenvolvimento das crianças e formação de parcerias para que aconteça a notificação seguida de uma atuação ampliada e que dê suporte à criança, não apenas para o cumprimento de uma obrigação.