INTRODUÇÃO: Planejar ação de educação em saúde requer o comprometimento de gestores e profissionais da área, bem como a elaboração de estratégias para alcance de objetivos traçados. Portanto, os gestores e os profissionais de saúde devem estar capacitados para implementar, monitorar e avaliar os programas, projetos, serviços e as políticas de saúde no contexto do SUS. Tomando como base essas premissas, foi realizado durante as práticas comunitárias de um componente curricular dos cursos de saúde de uma Instituição de Ensino Superior de Salvador, várias atividades de educação em saúde nas comunidades do Subúrbio Ferroviário. Neste contexto, os acadêmicos de Enfermagem se motivaram a realizar um planejamento das atividades que deveriam ocorrer durante o 2º semestre de 2011 sob a orientação da facilitadora. OBJETIVOS: Descrever o planejamento das ações de educação em saúde na comunidade da Unidade de Saúde da Família (USF) de Beira Mangue, Salvador-BA. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência dos alunos de Enfermagem desenvolvido durante as práticas na comunidade da USF de Beira Mangue. Inicialmente foi realizada uma abordagem junto aos profissionais de saúde da USF para se obter dados das doenças mais prevalentes na comunidade, sendo identificada a Diabetes Mellitus (DM) e as verminoses. A partir daí, foi elaborada a cadeia epidemiológica e traçado plano de ação em educação nos três níveis de prevenção, sendo utilizada a ferramenta 5W 2H. Os materiais sugeridos para as ações foram panfletos educativos, banners, cartazes, glicosímetro, tensiômetro e estetoscópio. RESULTADOS: As atividades planejadas para a abordagem da DM foram realizadas, exceto a mensuração da glicemia capilar em decorrência da falta de recursos para a aquisição de fitas utilizadas neste teste. Em relação às verminoses todas as ações planejadas foram executadas. A participação da comunidade durante as ações foi efetiva. Os casos suspeitos de diabetes e verminoses foram encaminhados para consulta na USF. CONCLUSÃO: O planejamento das atividades permitiu aos acadêmicos identificar que as ações em saúde coletiva requerem planejamento e gestão por parte da equipe multiprofissional, em especial o Enfermeiro, além de reforçar o seu papel social. Do mesmo modo, possibilitou uma maior interação entre a USF, a comunidade e os acadêmicos, propiciando aos mesmos a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos teóricos adquiridos.